© Getty Images
Deputados franceses do partido opositor republicano apresentaram hoje (24) uma moção de censura contra o governo do presidente Emmanuel Macron devido ao escândalo envolvendo Alexandre Benalla, chefe de segurança do Palácio do Eliseu.
PUB
Na semana passada, o jornal "Le Monde" divulgou um vídeo no qual se vê Benalla com um capacete policial agredindo dois manifestantes em um ato no dia 1 de maio, em Paris. "O Poder Executivo faliu", disse o líder da oposição republicana na Assembleia Nacional, Christian Jacob. "Apresentamos uma moção de censura e desejamos que o governo se explique", disse.
O texto deve ser votado até o fim da semana que vem, mas tem poucas chances de ser aprovado, já que o partido de Macron, o "Em Marcha", tem a maioria absoluta na Assembleia.
+ Israel abate avião de guerra sírio
Mesmo assim, essa é a primeira moção de censura contra seu governo, que foi profundamente abalado pelo escândalo envolvendo Benalla. Por sua vez, o premier francês, Edouard Philippe, saiu em defesa de Macron, acusando os grupos de oposição de querer prejudicar o presidente, o governo e a maioria". Segundo ele, a oposição tentará fazer a polêmica "durar o máximo de tempo possível".
Enquanto isso, Macron evita se pronunciar. O presidente tuitou hoje apenas para anunciar ajuda da França no combate aos incêndios na Grécia. A última postagem tinha sido em 19 de julho. Nos bastidores, a polêmica do caso Benalla também afetou as atividades do governo, que decidiu adiar a discussão da reforma constitucional.
De acordo com fontes locais, Macron quis esperar para que as comissões parlamentares e a Justiça francesa que investigam o episódio não atrapalhem o ritmo da reforma. Benalla, de 26 anos, confessou que está atordoado pelos efeitos no Palácio do Eliseu, criticando o "uso midiático e político" do caso. (ANSA)