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O faturamento obtido a partir das edições digitais dos jornais The Guardian e The Observer passou a representar a maior parte do faturamento do GMG, grupo que edita as publicações britânicas.
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O resultado inédito aparece em relatório da empresa a respeito de seu desempenho nos últimos 12 meses terminados em abril.
No período, a receita que veio das edições digitais foi de £ 108.6 milhões (R$ 530 milhões). O valor ficou acima do obtido com as edições impressas e os eventos produzidos pelo grupo, que geraram £ 107.5 milhões (R$ 524,6 milhões).
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Segundo a companhia, o faturamento digital cresceu 15% em um ano, enquanto o faturamento com jornais impressos e eventos caiu 10%.
Segundo o GMG, 570 mil pessoas davam apoio regular às publicações a partir da internet em abril, 70 mil a mais do que no mesmo mês do ano passado. A companhia também recebeu cerca de 375 mil contribuições esporádicas nos últimos 12 meses terminados em abril.
O GMG não cobra pelo acesso aos textos nas edições digitais dos jornais. A companhia optou por modelo baseado em contribuições voluntárias de leitores.
Os sites dos jornais atraíram mensalmente 150 milhões de visitantes diferentes. No mesmo período do ano passado, a média era de 140 milhões.
A circulação do The Guardian em sua edição impressa é de 138 mil exemplares diários.
Em meio a plano de reestruturação de três anos iniciado em 2016, o GMG diz estar próxima do ponto de equilíbrio (quando receitas e despesas se igualam) em um ano.
Para isso, o grupo vem realizando ações para reduzir custos, incluindo diminuição do número de funcionários a partir de planos de demissão voluntária e mudança no formato do jornal, que passou a circular como tabloide neste ano.
Em dois anos, o prejuízo da companhia caiu de £ 57 milhões (R$ 278 milhões) para £ 19 milhões (R$ 92,7 milhões). Com informações da Folhapress.