Fernanda Montenegro é aplaudida ao ler crônica política de Hilda Hilst

Montenegro leu também um trecho de "Obscena Senhora D." e de "Prelúdios-Intensos para os Desmemoriados do Amor"

© AgNews/Francisco Cepeda

Cultura FLIP 26/07/18 POR MAURÍCIO MEIRELES, FERNANDA MENA E GUILHERME GENESTRETI, Folhapress

A atriz Fernanda Montenegro encarnou Hilda Hilst na abertura da 16ª Festa Literária de Paraty, que homenageia a escritora paulista. A seleção de poemas e crônicas incluiu textos políticos, como "Poemas aos Homens do Nosso Tempo" e "E.G.E. - Esquadrão Geriátrico de Extermínio", que foram especialmente aplaudidos.

PUB

+ TJ manda peça sobre Jesus transexual voltar a festival pernambucano

"Arregimentaríamos várias senhoras da terceira idade, eu inclusive, lógico, e com nossas bengalinhas em ponta, uma ponta-estilete, besuntada em curare, nos comícios, nos palanques, nas Câmaras, no Senado, espetaríamos as perniciosas nádegas ou distinto buraco mal cheiroso desses vilões", dizia um dos trechos, que arrancou palmas da plateia na tenda do telão.

Montenegro leu também um trecho de "Obscena Senhora D." e de "Prelúdios-Intensos para os Desmemoriados do Amor", poema dedicado a Jose Luis Mora Fuentes, escritor espanhol radicado no Brasil por quem Hilst teria se apaixonado aos 38 anos. Fuentes tinha, à época, 18 anos. A direção de cena era de Felipe Hirsch.

O som da nova tenda dos autores, contudo, era ruim nas últimas fileiras –o que tornou impossível compreender parte do que a atriz declamava. O som que vinha da rua, com conversas e risadas de pessoas fora da tenda, também dificultava a escuta de uma apresentação que se pretendia intimista.

"Maravilhosa Hilda Hilst! Inesgotável Hilda Hilst! Amada Hilda Hilst!", disse a atriz ao encerrar sua apresentação e passar o bastão para a pianista, compositora e artista multimídia Jocy de Oliveira, que apresentou duas de suas peças musicais.

O discurso da artista, contudo, foi autorreferente, listando momentos em que sua obra e a de Hilst se encontraram, naquilo que chamou de "sincronicidades". A artista contou que publicou o roteiro de "Apague Meu Spotlight", uma das obras apresentadas, pela Massao Ohno, casa do mesmo editor da homenageada da Flip.

Sua fala foi ainda recheada de platitudes sobre a obra de Hilda. Oliveira dizia que os escritos da homenageada eram atuais, transgressores, únicos, representantes das mulheres, além de seu tempo e que a escritora era uma mulher linda -algumas dessas características listadas mais de uma vez."Somos todas Hilda Hilst", disse a compositora. Com informações da Folhapress.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

politica Bolsonaro Há 23 Horas

'Vamos partir pra guerra': golpistas pediam 'orientação' a general próximo de Bolsonaro

politica BOLSONARO-PF Há 15 Horas

PF indicia Bolsonaro e mais 36 em investigação de trama golpista

esporte Indefinição Há 16 Horas

Qual será o próximo destino de Neymar?

justica São Paulo Há 23 Horas

'Quem vai devolver meu filho?', lamenta pai de universitário morto em abordagem da PM

fama Ellen DeGeneres Há 19 Horas

De saída: Ellen DeGeneres e mulher abandonam os EUA

brasil Brasil Há 17 Horas

Jovens fogem após sofrerem grave acidente de carro; vídeo

fama ED-MOTTA Há 20 Horas

Ed Motta pede desculpas após demitir integrante de sua equipe em show

mundo RÚSSIA-UCRÂNIA Há 16 Horas

Rússia ataca Ucrânia com míssil criado para guerra nuclear, diz Kiev

fama Björk Há 20 Horas

Björk faz 59 anos; relembre os looks mais extravagantes da cantora

fama Kylie Jenner Há 19 Horas

Kylie Jenner recria momento bizarro de Kendall a cortar pepino