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O Partido Popular do Camboja (CPP), atualmente no poder, afirmou neste domingo (29) ter vencido as eleições gerais que grupos de direita afirmam não terem sido nem livres nem justas.
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Sem oposição real, era esperado que o primeiro-ministro, Hun Sen, vencesse. No entanto, críticos chamaram as eleições de farsa por conta de uma campanha de intimidação feita por Hun Sen e seus aliados contra críticos e a dissolução do principal partido de oposição no ano passado.
O porta-voz do CPP, Sok Eysan, afirmou que seu partido venceu um número estimado de 100 dos 125 assentos do Parlamento.
"O CPP venceu 80% de todos os votos e estimamos que venceremos não menos do que 100 assentos", disse Sok Eysan à Reuters em entrevista pelo telefone.
Os resultados de todo o país ainda estavam sendo anunciados pela Comissão Eleitoral Nacional neste domingo. Resultados oficiais não são esperados até meados de agosto.
MAIS DE TRÊS DÉCADAS NO PODER
Hun Sen, cujos 33 anos no poder o colocam entre os líderes nacionais mais antigos do mundo, prometeu paz e prosperidade em um comício no último dia de campanha na sexta-feira, mas atacou o boicote da oposição e chamou aqueles que o consideram "destruidores de democracia."
Hun Sen, de 65 anos, disse que pretende permanecer no poder por pelo menos mais dois mandatos de cinco anos.
Ele foi membro do comunista radical Khmer Vermelho durante a sua bem-sucedida guerra de cinco anos para derrubar um governo pró-americano, depois desertou para o Vietnã durante o regime genocida de 1975-79, que deixou quase 2 milhões de cambojanos mortos.
Se tornou primeiro-ministro em 1985 em um governo comunista de partido único apoiado pelo Vietnã e liderou o Camboja através de uma guerra civil contra o Khmer Vermelho, que diminuiu com os Acordos de Paz de Paris de 1991 que também instalaram uma estrutura política democrática. Com informações da Folhapress.