© Oswaldo Rivas/Reuters
A onda de violência na Nicarágua deixou 317 mortos de 18 de abril a 30 de julho, incluindo 12 policiais e 23 civis menores de idade, informou nesta quinta-feira (2) a CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos).
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Em nota, o organismo insta o governo do presidente Daniel Ortega "a cumprir efetivamente suas obrigações internacionais em matéria de direitos humanos".
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Segundo a comissão, há uma perseguição que se dá em um "contexto de declarações estigmatizantes e intimidatórias por partes das autoridades estatais", como qualificar as pessoas de terroristas, golpistas ou delinquentes.
Joel Hernández, membro da comissão e relator sobre os direitos das pessoas privadas de liberdade, manifestou ter tomado conhecimento "com suma preocupação do aumento vertiginoso de pessoas detidas sem as garantias do devido processo". A nota chama a atenção para a detenção de duas crianças, de 14 anos e 15 anos, durante cinco dias.
Nesta quinta, a OEA (Organização dos Estados Americanos) se reúne para discutir uma proposta de criação de uma comissão especial para acompanhar a situação da Nicarágua.
Ontem, o secretário-geral Luis Almagro defendeu nas redes sociais a "obrigação" do organismo de atuar na Nicarágua. Com informações da Folhapress.