© Thomas Faull/iStock
A nomeação do jornalista Marcello Foa para assumir a presidência da emissora estatal "RAI" foi rejeitada nesta quinta-feira (2) pelos opositores dos partidos de coalizão do Parlamento da Itália, o Movimento Cinco Estrelas (M5S) e a Liga, após o italiano ser acusado de compartilhar histórias que se mostraram falsas.
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O nome de Foa, que havia sido aprovado pelo conselho de administração da Rai na última terça-feira(31), não recebeu os dois terços dos votos exigidos, principalmente, depois que os legisladores do Forza Italia, partido do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, se abstiveram.
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No último domingo (29), o ministro dos Transportes, Luigi Di Maio, afirmou que a nomeação de Foa ajudaria a expurgar os "parasitas" de dentro dos tradicionais partidos italianos que lideraram a RAI por décadas. Mas sem um acordo político ele não poderia assumir o cargo. No entanto, o ministro do Interior, Matteo Salvini, disse que Foa deveria ser mantido na diretoria da RAI. Em comunicado, o jornalista afirmou que continuará no conselho da emissora.
"Eu ainda estou à espera de informações dos acionistas e, enquanto isso, eu vou continuar em plena conformidade com as leis e regulamentos para coordenar o trabalho do conselho como um conselheiro sênior", disse.
Por sua vez, os sindicatos dos jornalistas, FNSI e Usigrai, descreveram a medida como "um golpe fatal para a autonomia e independência do serviço público".
Foa trabalhou no jornal "Il Giornale", pertencente à Mediaset, controlada por Berlusconi. Ele é conhecido por sua postura eurocética, anti-LGBT e pró-Rússia e é acusado de compartilhar "Fake News" durante a campanha presidencial norte-americana sobre a democrata Hillary Clinton e o atual presidente, Donald Trump. (ANSA)