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A Comissão Eleitoral do Zimbábue oficializou nesta sexta-feira (3) a vitória de Emmerson Mnangagwa, do partido governista União Nacional Africana do Zimbábue-Frente Patriótica (Zanu-PF), na eleições presidenciais do país, realizadas na última segunda-feira (30). O novo presidente obteve 50,8% dos votos enquanto seu adversário, o líder oposicionista Nelson Chamisa, do Mudança Democrática, alcançou 44,3%.
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Chamisa contestou o resultado do pleito em seu perfil no Twitter, dizendo que as eleições foram falsas e não verificadas.
"O nível de opacidade, a falta de verdade, a deterioração moral e a ausência de valores são desconcertantes", disse o político, que também denunciou uma série de irregularidades, como tentativas de atrasar a votação e manipulação política por parte do governo. Chamisa chegou a convocar jornalistas para detalhar suas denúncias, mas policiais invadiram o local da entrevista coletiva e expulsaram todos os presentes.
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Os protestos no Zimbábue acontecem desde a última quarta-feira (1), quando a Comissão Eleitoral declarou a vitória do Zanu-PF nas eleições legislativas, com 109 das 210 cadeiras do parlamento do país, contra 41 do Mudança Democrática. Manifestantes de oposição organizaram protestos nas ruas da capital do país, Harare, que foram reprimidos pelo Exército e deixaram ao menos seis mortos e 14 feridos.
Emmerson Mnagawa é considerado o braço direito do ex-presidente Robert Mugabe, que governou o país por 37 anos em meio a escândalos de corrupção e abusos. (ANSA)