© Reprodução/Arquivo pessoal
A jovem Letícia Copaj, de 23 anos, foi esfaqueada na estação Marambaia do BRT, na Zona Norte do Rio, em uma tentativa de assalto. Ela voltava do trabalho e aguardava a mãe para ir para a casa.
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A vítima contou ao O Globo, que espera pela mãe no local todas as noites para não ir sozinha para a casa, pois chega na estação por volta da meia noite. No dia 27 de julho, quando houve o assalto, a mãe se atrasou.
A vítima disse que um adolescente de 13 ou 14 anos desembarcou de um ônibus, mas não foi embora. Pouco depois, ele foi na direção de Letícia e pediu o celular. Como ela não deu, ele usou uma faca de serra que tinha escondida no casaco. Ela chegou a gritar por socorro, mas foi atingida no rosto e na cabeça.
Quando elas passaram o menino chegou perto de mim, parou do meu lado, falou algo que de início eu não entendi e não dei muita atenção mas depois ele repetiu "tá com o celular aí?", eu não tinha nada em minhas mãos então respondi "não", foi quando ele tirou do bolso do casaco uma faca de serra e me atacou. Primeiro ele tentou me acertar no peito mas eu estava com a mochila que levo pro trabalho na frente do corpo e ele não conseguiu me furar. Eu estava bem colada na catraca de entrada e enquanto me esquivava tentando me defender comecei a gritar pedindo ajuda e socorro, na esperança de que o rapaz que cuida da estação estivesse dentro da cabine e saísse para me socorrer", relatou a jovem ao O Globo.
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Duas passageiras que tinham saltado do mesmo ônibus do meninos voltaram para socorrê-la, além de um homem que mora ao lado da estação. O menino fugiu sem levar nada.
Eu estava lá, sangrando, dois cortes, chorando e com medo de que no caminho ele encontrasse minha mãe e fizesse algo com ela. Uma das senhoras me emprestou uma toalhinha para estancar o sangue, o senhor que me ouviu gritar, desceu para me ajudar e chamou a emergência. Foram os três que ficaram comigo até que minha mãe chegasse e a ambulância me atendesse."
Letícia foi levada para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha. Ela levou sete pontos no rosto e quatro na cabeça.
"Não fui a primeira nem a última a ser atacada dessa forma dentro do BRT e ninguém faz nada nunca. Sei que poderia ter sido muito pior mas a cidade está largada, tudo um caos."
A assessoria do BRT e a polícia investigam o caso.