Campanha de vacinação contra sarampo e pólio começa neste sábado

Cerca de 4 mil postos de imunização fixos e outros 300 postos volantes estarão abertos das 8h às 17h em todo o estado

© Tomaz Silva/Agência Brasil

Brasil São Paulo 04/08/18 POR Folhapress

A campanha de vacinação contra a poliomielite e o sarampo em São Paulo começa neste sábado (4). Todas as crianças entre 1 e 5 anos incompletos devem se vacinar, independentemente da situação vacinal.

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No estado, cerca de 4.000 postos de imunização fixos e outros 300 postos volantes estarão abertos das 8h às 17h. A iniciativa vai até o dia 31 de agosto.

O início da imunização foi antecipado pela secretaria estadual de Saúde. A campanha nacional começa na segunda-feira (6), data definida pelo Ministério da Saúde.

A secretaria afirmou, em nota, que decidiu fazer um dia D extra, com horário ampliado num sábado, para "facilitar que os pais e os responsáveis levem as crianças aos postos de saúde". Haverá um segundo dia D da campanha, este para todo país, em 18 de agosto.

Nos estados que registraram surtos de sarampo, a vacinação foi antecipada como medida de bloqueio para interromper a circulação do vírus.

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Em Roraima, a campanha iniciou em março, em Manaus, aconteceu em abril e, em Rondônia, a vacinação está em andamento. Durante a imunização nacional, esses estados devem convocar novamente as crianças, na mesma faixa etária.

A imunização nacional visa evitar uma reintrodução da paralisia infantil no país (que não é registrada desde 1989, mas tem baixos índices de vacinação) e novo avanço do sarampo, para além dos estados do Norte que lidam com o surto.

Em São Paulo, a previsão do governo estadual é vacinar, durante toda a campanha, 95% do público-alvo, formado por 2,2 milhões de crianças com idades entre 1 e 5 anos incompletos.

Até mesmo aquelas que já receberam as doses no passado devem ser vacinadas novamente. A ideia é manter coberturas homogêneas de vacinação.

De acordo com a pasta, a cobertura vacinal de pólio no estado atualmente é de 70%; já a de sarampo é de 74,3%.

O esquema vacinal para poliomielite é composto por três doses da vacina administradas aos dois, quatro e seis meses, sendo necessários dois reforços aos 15 meses e aos quatro anos de idade.

A imunização contra o sarampo é feita por meio da vacina tríplice viral, que protege também contra rubéola e caxumba. O esquema vacinal é de uma dose aos 12 meses, com um reforço aos 15 meses, com a aplicação da tetraviral, que inclui a imunização contra varicela.

As únicas crianças que não poderão ser vacinadas são as imunodeprimidas, como aquelas submetidas a tratamento para leucemia e pacientes oncológicos.

No país, 11,2 milhões de crianças devem ser vacinadas nos cerca de 36 mil postos estarão abertos. A meta do Ministério da Saúde também é de 95% do público-alvo.

Para saber qual a unidade de vacinação mais próxima na capital paulista acesse o site Busca Saúde, digite o endereço e veja a lista dos locais indicados.

RISCO

Os índices de coberturas vacinais de bebês e crianças tiveram nova queda em 2017 e já atingem o nível mais baixo do país em ao menos 16 anos, como mostrou a Folha de S.Paulo, com dados do PNI (Programa Nacional de Imunizações).

Embora a meta do Ministério da Saúde seja de vacinar 95% do público, a maioria das vacinas atingem índices entre 70,7% e 83,9% das pessoas que deveriam ter sido imunizadas.

O ministério atribui a redução a vários fatores, como uma falsa sensação de segurança dos pais diante da redução de doenças, o horário limitado das salas de vacinação e o avanço de informações falsas nas redes sociais.

No caso do sarampo, o Brasil recebeu um certificado da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) de eliminação da doença em 2016. Hoje, porém, o país já registra 1.053 casos confirmados da doença, patamar que não era registrado desde 1999. Foram ao menos cinco mortes e, ao todo, sete estados com casos de sarampo.

Já no caso da paralisia infantil, a preocupação das autoridades é a redução na cobertura vacinal. Em 2002, a vacina ofertada para menores de um ano contra pólio registrava coberturas superiores a 96%. Agora, atinge 77%. Em alguns estados, como São Paulo, o índice é ainda menor –68,5%. Com informações da Folhapress.

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