Após 11 anos de atritos, Equador e EUA retomam cooperação militar

O ministro da Defesa equatoriano, Oswaldo Jarrin, disse que seu país também vai comprar armas, radares, seis helicópteros e outros equipamentos americanos

© Reuters / Stringer

Mundo relação 04/08/18 POR Folhapress

O Equador anunciou o relançamento da cooperação militar com os Estados Unidos, em um sinal de melhora na relação entre os dois países no governo de Lênin Moreno.

PUB

O ministro da Defesa equatoriano, Oswaldo Jarrin, disse que seu país também vai comprar armas, radares, seis helicópteros e outros equipamentos americanos.

A cooperação vai incluir ainda treinamento e compartilhamento de informações de inteligência.

+ Demi Lovato 'está assustada e grata por estar viva', garante fonte

O anúncio ocorre após visita em junho do vice-presidente dos EUA, Mike Pence, e de ataques de guerrilhas colombianas que mataram quatro soldados e três jornalistas equatorianos na fronteira entre os dois países.

Um avião militar dos EUA recebeu autorização para operar no Equador para realizar atividades de inteligência por alguns dias, anunciou ainda Jarrín.

O ministro não indicou que tipo de informação a aeronave busca colocar nem que zonas vai sobrevoar.

Mas disse, na última quinta-feira (2), que ela estaria no país dentro de "no máximo três ou quatro dias". Os ministérios de Defesa e de Interior terão acesso às informações coletadas.

"Virá um avião que nos permitirá obter inteligência e retornarará [aos EUA]", disse.

Segundo Jarrín, a cooperação com os EUA ocorrerá "de forma temporária e sem que haja uma base militar no país".

As relações entre EUA e Equador sofreram uma deterioração durante o governo do presidente Rafael Correa (2007-2017).

Em 2007, Correa se recusou a renovar um acordo que permitia Washington usar a base da Força Aérea no porto de Manta para atividades contra o narcotráfico. Os EUA usavam a base havia 10 anos.

A Constituição de 2008, aprovada durante seu governo, proíbe a presença de bases estrangeiras no país.

Correa também expulsou uma embaixadora americana e forçou a saída de inúmeros militares e diplomatas.

O sul-americano ainda acolheu, em sua embaixada em Londres, o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, que corria risco de extradição para a Suécia. Assange revelou arquivos secretos do governo americano.

Segundo Jarrín, vai ser criado agora um "escritório de ligação" na embaixada dos EUA em Quito para que os dois países tratem de temas de segurança e de defesa.

"Esse escritório de cooperação em segurança será implementado em poucos dias. Pretende-se obter o apoio de outros países para melhorar a segurança especialmente no que diz respeito à obtenção de inteligência, o que é básico para as operações militares", disse o ministro. Com informações da Folhapress. 

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

economia Dinheiro Há 16 Horas

Entenda o que muda no salário mínimo, no abono do PIS e no BPC

tech Aplicativo Há 15 Horas

WhatsApp abandona celulares Android antigos no dia 1 de janeiro

brasil Tragédia Há 9 Horas

Sobe para 14 o número desaparecidos após queda de ponte

mundo Estados Unidos Há 16 Horas

Momento em que menino de 8 anos salva colega que engasgava viraliza

fama Realeza britânica Há 8 Horas

Rei Chales III quebra tradição real com mensagem de Natal

fama Emergência Médica Há 17 Horas

Gusttavo Lima permanece internado e sem previsão de alta, diz assessoria

brasil Tragédia Há 16 Horas

Vereador gravou vídeo na ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira pouco antes de desabamento

fama Hollywood Há 11 Horas

Autora presta apoio a Blake Lively após atriz acusar Justin Baldoni de assédio

mundo Estados Unidos Há 11 Horas

Policial multa sem-abrigo que estava em trabalho de parto na rua nos EUA

brasil Tragédia Há 16 Horas

Mãe de dono da aeronave que caiu em Gramado morreu em acidente com avião da família há 14 anos