Mais de 40 mil crianças são vacinadas em SP no 1º dia de campanha

Mutirão nacional foi antecipado no Estado de São Paulo. No restante do país, a campanha tem início na próxima segunda-feira (6)

© REUTERS/Oswaldo Rivas

Brasil sarampo e polio 04/08/18 POR Estadao Conteudo

Nas primeiras seis horas da campanha de vacinação contra sarampo e poliomielite, neste sábado, 4, a cidade de São Paulo atingiu 7% da meta: 40.837 doses foram aplicadas.

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Das 8 horas às 14 horas, segundo balanço parcial da Prefeitura de São Paulo, 20.681 foram imunizadas contra poliomielite e 20.156 receberam a tríplice viral, que inclui a imunização contra sarampo. A meta é imunizar 562.392 crianças de 1 ano a menores de 5 anos na capital paulista até 31 de agosto.

O mutirão deste sábado teve início às 8 horas e se encerrou às 17 horas. Um balanço total do primeiro final de semana será divulgado nesta segunda-feira, 6. No Estado, devem ser vacinadas 2,2 milhões de crianças contra as doenças.

O mutirão nacional foi antecipado no Estado de São Paulo. No restante do país, a campanha tem início na próxima segunda-feira, 6, com meta de vacinar 11,2 milhões de crianças até o dia 31.

O País não registrava casos de poliomielite desde 1989 e não contabilizou casos de sarampo nos anos de 2016 e 2017. Já neste ano, até 1° de agosto, segundo balanço do Ministério da Saúde, foram registrados 1.053 casos da doença no País. Amazonas e Roraima lideram o número de registros.

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Cobertura vacinal - Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, atualmente, a cobertura vacinal de poliomielite em no Estado é de 70% e, de sarampo, 74,3%. O levantamento se baseia em dados preliminares do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

A capital, no ano passado, teve cobertura de 84,8% para a vacina contra a poliemielite e de 86,1% para a vacina tríplice viral SRC (sarampo, rubéola e caxumba). As coberturas abaixo da meta, que é de 95%, fizeram com que o Ministério Público do Estado de São Paulo abrisse um inquérito para apurar a situação.

O prefeito Bruno Covas (PSDB) acompanhou o primeiro dia de vacinação na UBS Dr. Geraldo da Silva Ferreira e disse que a Prefeitura está trabalhando para que a meta seja alcançada.

"É a força-tarefa para a gente vacinar pelo menos 95% das crianças. Estamos antecipando a campanha para ter mais uma possibilidade de os pais levarem as crianças para vacinar e trazendo a Secretaria (Municipal) de Educação para que as escolas possam mostrar para os pais a importância de levar os filhos para vacinar."

Nesta semana, a gestão municipal anunciou que as creches vão verificar a situação vacinal das crianças não somente no ato da matrícula, mas duas vezes por ano.

O esquema vacinal para poliomielite é composto por três doses administradas aos 2, 4 e 6 meses, sendo necessários dois reforços aos 15 meses e aos 4 anos de idade. Já a imunização contra o sarampo é feita por meio da vacina tríplice viral, que protege também contra rubéola e caxumba. O esquema vacinal é de uma dose aos 12 meses, com um reforço aos 15 meses.

Para a campanha, os mais de 4 mil postos de vacinação fixos e 300 volantes distribuídos pelo Estado vão funcionar entre 8h e 17h durante este sábado.

Possíveis falhas - Mesmo crianças que já tomaram as doses das vacinas contra sarampo e poliomielite vão precisar participar da ação. O objetivo é corrigir possíveis falhas vacinais e garantir a imunização contra as doenças. Não existe um intervalo mínimo entre as doses da vacina contra a poliomielite. No caso do sarampo, não deve tomar a vacina quem recebeu o imunizante nos últimos 30 dias.

Alerta - Em junho, o Ministério da Saúde fez um alerta sobre o risco de retorno da poliomielite em ao menos 312 cidades brasileiras, das quais 44 estão no Estado de São Paulo, com base na baixa cobertura vacinal registrada nesses locais - que não chegou a 50%, quando a meta é 95%. Em 2017, pelo menos 800 mil crianças estavam sem o esquema completo de vacinação, composto por três doses do imunizante.

Dados divulgados pelo Unicef e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que as taxas de vacinação aumentam no mundo, mas caem no Brasil há três anos. Com informações do Estadão Conteúdo.

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