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A equipe de neurologistas do Hospital das Clínicas da USP de Ribeirão Preto realizou neste sábado (4) a terceira cirurgia para separar as irmãs que nasceram unidas pela cabeça há dois anos, no Ceará.
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A intervenção era uma das mais complexas da série a que elas estão sendo submetidas porque tinha o objetivo de terminar a operação, só na parte neurológica, durou cerca de sete horas e mobilizou 25 pessoas –entre elas, neurocirurgiões, cirurgiões plásticos, enfermeiros e técnicos que monitoravam os aparelhos de microscópios e de imagem.
A cirurgia plástica ainda está em andamento. Segundo os neurologistas Hélio Rubens Machado, do HC, e o americano James Goodrich, do Montefiore Medical Center de NY, que veio ao Brasil acompanhar o procedimento, as meninas estão com os cérebros praticamente separados. Eles aguardam exames radiológicos para confirmar a hipótese.
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Caso tudo corra bem, a quarta e última operação, marcada para novembro, poderá ser antecipada. Ela mobilizará novamente dezenas de profissionais para separar os ossos e reconstruir a cabeça e a pele de cada uma das bebês.
O caso é único na história da medicina brasileira. No Brasil, só uma cirurgia de craniópagos (irmãos unidos pela cabeça) já havia sido divulgada em publicações científicas. A diferença é que uma das crianças, com microcefalia, já não tinha condições de sobreviver. A outra foi salva. Com informações da Folhapress.