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As investigações, iniciadas em 2013, comprovaram que a organização de São Paulo vendia drogas para quadrilhas no Rio. Também foi constatado que, de dentro dos presídios fluminenses, traficantes continuavam coordenando a logística do tráfico e a atuação das facções. O MP solicitou que esses presos fossem transferidos para presídios fora do estado, no Regime Disciplinar Diferenciado.
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Durante a operação, foi desarticulada uma rede que enviava a droga de SP para o RJ ou do interior do estado fluminense para a capital, invertendo a lógica do tráfico, que nos últimos anos produzia a droga na capital e mandava para o interior. Um laboratório de refino de drogas em Itatiaia foi desmontado.
Para o promotor responsável pela operação, Fabiano Gonçalves Cossermelli, as práticas indicam uma tentativa dos criminosos de fugir das unidades de Polícia de Pacificadora (UPP), na cidade do Rio. Ele explica que o desenvolvimento no sul fluminense, que tem grandes montadoras de veículos, aumenta a renda da população e amplia o mercado para as drogas. "É um negócio", disse o promotor. "Tanto que a facção de SP vendia para as duas facções do RJ, que são rivais", destacou, durante entrevista à imprensa.
Gonçalves também informou que as disputas entre o tráfico de drogas em Resende, no interior do Rio, um dos locais investigados, é uma das principais causas de morte na localidade. "Seja de devedor do tráfico ou de desafeto."
A Polícia Federal ainda está à procura dos chefes das três facções criminosas. O balanço completo da operação será divulgado no fim do dia.