© Reuters
“Essa CPI é continuidade da CPI de 2009. Eu era deputado e acompanhei todo o processo e um conjunto de investigações feitas pelo Tribunal de Contas da União, Ministério Público Federal, pela Polícia Federal e Controladoria-Geral da União”, disse o relator, após tomar o depoimento do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, autor do relatório que, em 2006, embasou a compra da Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA),
PUB
“Ela [a CPI do Senado] se inicia com um conjunto de investigações e resultados de uma outra CPI. Já temos inclusive dados sobre Pasadena, apurados pelos órgãos de fiscalização no Brasil”, acrescentou, lembrando que a comissão só foi criada por força de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), provocada pela oposição.
Questionado sobre a credibilidade da CPI diante da ausência de parlamentares da oposição, Pimentel lembrou que foi justamente a oposição que a criou e pode “ficar à vontade para comparecer ou não”.
Para embasar o relatório, que será apresentado ao final das investigações, Pimentel disse que pretende aprovar requerimentos solicitando cópias de documentos obtidos a partir de investigações feitas por outros órgãos públicos. Entre eles, Polícia Federal, Controladoria-Geral da União, Tribunal de Contas da União (TCU) e Ministério Público Federal. Mas, para isso, depende que comissão tenha quórum suficiente. Enquanto a CPI estiver esvaziada, a ideia do relator é dar andamento aos cerca de 40 depoimentos de dirigentes da estatal já aprovados.
“Por isso estamos trazendo o ministro-relator [das investigaçções] no TCU, José Jorge". O ministro, que será ouvido na próxima quinta-feira (29), deve explicar o que já foi apurado pelo tribunal sobre possíveis irregularidades na Petrobras. “Também estou solicitando uma série de documentos no Judiciário”, acrescentou.
Na próxima terça-feira (27), a presidenta da estatal, Graça Foster, será ouvida pela CPI.