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Após ter reunido com suas famílias mais de 50 crianças brasileiras, cujos pais supostamente entraram ilegalmente nos Estados Unidos, o Ministério das Relações Exteriores concentra esforços na ajuda a oito adolescentes que não se enquadram na mesma situação. Segundo o Itamaraty, eles foram enviados a abrigos porque ingressaram no território norte-americano desacompanhados dos responsáveis.
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De acordo com o ministério, os adolescentes estão em abrigos em Nova York, Illinois, no Texas e no Arizona. Eles podem ser enquadrados na lei de migração, e não na de tolerância zero - que provocou a separação das famílias de imigrantes.
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Muitos adolescentes, segundo o Itamaraty, quando estão em idade próxima à maioridade, tentam entrar sozinhos nos EUA ou com parentes que não são os responsáveis legais.
“Há menores que estão em abrigos nos EUA por terem ingressado ilegalmente no país, porém desacompanhados dos responsáveis. Os agentes consulares mantêm visitas regulares aos abrigos, para prestar apoio e assegurar que estão recebendo os cuidados devidos”, informou o ministério à Agência Brasil.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a situação dos oito menores decorre do fato de as leis norte-americanas considerarem um delito a tentativa de entrada ilegal no país. Diante disso, as autoridades recomendam que os viajantes verifiquem as exigências de entrada e permanência em outro país.
“O Portal Consular conta com orientações gerais para quem vai viajar ao exterior e alerta que os cidadãos que buscam imigrar ilegalmente podem acabar presos naquele país”, disse a assessoria do Itamaraty.
As informações são mantidas sob sigilo para segurança das pessoas, segundo o Itamaraty. A estimativa é que ainda há cerca de 700 crianças e adolescentes, filhos de imigrantes considerados ilegais nos EUA, separados de suas famílias em decorrência da lei tolerância zero.
O ministério informou ainda que todas as crianças brasileiras que foram separadas dos pais, em decorrência da política de tolerância zero do governo do presidente Donald Trump, já estão reunidas com as famílias.
Em abril, cerca de 2,3 mil crianças e adolescentes, filhos de imigrantes consideradois ilegais, foram levados para abrigos e separados das famílias. A iniciativa provocou repercussão internacional . No caso do Brasil, o governo cobrou providências e a reunião das famílias de forma imediata.
Com informações da Agência Brasil.