© Reuters / Paulo Whitaker
Para tentar alavancar a geração de empregos nos últimos meses de governo, o Planalto prometeu nesta quarta-feira (8) aos empresários da construção civil que vai antecipar para este ano o aumento no valor máximo de imóveis que podem ser comprados com recursos do FGTS. A princípio, o novo teto de financiamento, de R$ 1,5 milhão, começaria a valer em 1º de janeiro de 2019.
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"O governo vai providenciar isso o quanto antes. A ministra interina do Ministério da Fazenda, Ana Paula Vescovi, vai provocar o Conselho Monetário Nacional (CMN) para debater isso na próxima reunião ou mesmo antes, se possível", afirmou o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, João Carlos Martins, após reunião com o presidente Michel Temer.
Além de Temer e de Vescovi, também estavam na reunião o ministro do Planejamento, Esteves Colnago; o ministro das Cidades, Alexandre Baldy; o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha; o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun; o presidente da Caixa Econômica Federal, Nelson Souza; e o presidente do BNDES, Dyogo Oliveira.
Marun inclusive já tinha falado na terça-feira sobre a possibilidade dessa antecipação. Atualmente o teto de financiamento com o FGTS é de R$ 950 mil nas maiores capitais e de R$ 800 mil nas demais cidades. Segundo o presidente da CBIC, a antecipação do limite maior pode destravar alguns empreendimentos ainda este ano.
"Também conversamos sobre incentivos para as construtoras adquirirem terrenos, como a realização de um mutirão de regularização fundiária, sobretudo de terrenos mais próximos das cidades", acrescentou Martins.
Segundo ele, as empresas do setor de construção civil também pleiteiam uma facilitação do acesso ao crédito por meio da criação de novos instrumentos de garantias. "Ninguém está querendo afrouxamento na concessão de crédito, mas sim instrumentos de segurança que podem melhorar a qualidade do crédito", completou.
O executivo ainda citou que o ministro Padilha prometeu avaliar a questão da alta do preço do asfalto, que tem levado à queda no ritmo das obras rodoviárias. Segundo ele, a Petrobras reajustou o valor do insumo em 65% neste ano, mas as construtoras só podem ajustar os contratos com o DNIT uma vez por ano. Com informações do Estadão Conteúdo.