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Jandira Magdalena dos Santos Cruz, então com 27 anos, morreu ao fazer um aborto em uma clínica ilegal no quinto mês de gestação, em 26 de agosto de 2014. O corpo da jovem foi encontrado carbonizado em um carro em Mangaratiba, semanas após o desaparecimento. Oito suspeitos do crime serão levados a júri popular às 10h desta quinta-feira (9), na 4ª Câmara Criminal do Rio, quase quatro anos depois.
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Nove pessoas chegaram a ser detidas durante as investigações. Segundo o G1, os réus julgados nesta quinta são suspeitos de homicídio doloso, associação criminosa, ocultação de cadáver e aborto provocado com a autorização da gestante. São eles:
Carlos Augusto Graça de Oliveira (preso)
Rosemere Aparecida Ferreira (presa)
Carlos Antonio de Oliveira Junior
Monica Gomes Teixeira
Marcelo Eduardo de Medeiros (preso)
Jorge dos Santos Pires (responde em liberdade por ocultação de cadáver)
Luciano Luis Gouvêa Pacheco (responde em liberdade por ocultação de cadáver)
Uma das acusadas foi retirada do processo por "insuficiência dos indícios apurados", de acordo com a juíza Elizabeth Machado Louro.
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A decisão pelo júri popular foi dada em outubro de 2015, mas só agora será concretizada. No entendimento da juíza, os réus funcionavam como uma organização criminosa.
"Fica suficientemente demonstrado que todos prestavam sua valorosa contribuição para o funcionamento da atividade e que, mais que isso, tinham pleno conhecimento das condições precárias do local onde era realizada, a induzir tivessem ciência de que a morte de alguma gestante seria um risco da atividade, risco este aparentemente por todos assumido", determinou a magistrada.