O 'inferno' começou, na serra de Monchique, região do Algarve, sul de Portugal, na última sexta-feira (3) e ainda não tem previsão para ter fim. O forte vento e as temperaturas extremas que assolaram Portugal no último fim de semana ajudaram na progressão das chamas. Agora a preocupação é que as chamas atinjam Silves. Até o momento, são 36 feridos, sendo um em estado grave.
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"Nós víamos as chamas a descer, a descer. Olhe, foi aflição que não tem tamanho. As chamas eram tão altas, tão altas, que tivemos de fugir todos daqui. Foi por um triz", descreveu à agência Lusa Felicidade Cravo, habitante de Enxeirim, ainda com receio de que um foco de incêndio, que, entretanto, tinha começado atrás de um monte próximo, voltasse a aproximar-se das habitações.
Durante a noite de quarta-feira, o fogo obrigou a retirada de mais de 100 pessoas de uma dezena de cidades. Segundo autoridades locais, os habitantes deslocados pernoitaram num pavilhão da Escola EB 2,3 João de Deus.
O prefeito de Monchique, Rui André, disse à agência Lusa que "só há pouco tempo" conseguiram acalmar as "regiões mais quentes" em três cidades da região que levantam "alguma preocupação".
"O empenhamento e dedicação dos bombeiros foram fundamentais, apesar das condições muito adversas no terreno. Temos ventos muito fortes, há umidade alta, mas os ventos fortes dificultam o trabalho dos operacionais", afirmou o autarca.
Segundo o responsável, nas últimas horas houve uma "evolução favorável", mas mantém-se o "estado de alerta constante" no terreno.
Nas imagens acima é possívle ver os momentos de pânico que os portugueses da região tem vivido nos últimos dias.