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A beneficiária do INSS Maria Luiza Alves, 48 anos, teve um pedido de perícia domiciliar negado e precisou ser levada pela filha para tentar um atendimento presencial em duas agências de Curitiba. A mulher vive imobilizada em uma cama e precisava realizar a perícia para a manutenção do benefício.
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Maria Luiza foi levada pela filha, Thaiane Theresa Alves, de 27 anos. Em entrevista ao G1, a jovem contou que passou por momentos de humilhação e que só conseguiu atendimento e a manutenção do auxílio doença após duas horas, graças a solidariedade de uma médica e de uma funcionária.
"Eu levei a minha mãe em uma ambulância do SUS presa em uma maca. Quando chegamos na agência da Cândido Lopes, eles me disseram que não poderiam levar ela até a sala de perícias porque teriam que levar de cadeira de rodas e a minha mãe não consegue sentar. Pediram, então, para que eu a levasse na agência da Visconde de Guarapuava que toda a equipe já estaria sabendo e que poderiam atendê-la no térreo do prédio", explicou Thaiane.
A filha relatou que ao chegar na segunda agência, os funcionários não sabiam da situação de Maria Luiza. "Nós fomos barradas já na entrada. Se não fosse a médica e a funcionária que se solidarizaram com a situação, não teríamos conseguido o atendimento", contou.
"Mesmo não podendo falar, mas ela tem total consciência, acredito que ele deve ter ficado muito indignada, assim como eu. Foi muita humilhação, muito constrangimento mesmo. É inadmissível o que eles fizeram com a minha mãe", reclamou a filha.
Desde novembro do ano passado Maria Luiza passou a receber o auxílio doença do INSS. Ela sofreu quatro casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC).
A reportagem informa ainda que, após receber o atendimento na agência da Visconde de Guarapuava, Maria Luiza sofreu mais um AVC dentro da ambulância e foi encaminhado a um posto de saúde e, em seguida, para o Hospital Nossa Senhora do Rocio, em Campo Largo.
O INSS divulgou uma nota sobre o caso. "A resposta a todos os questionamentos da emissora serão providenciados o mais rápido possível. Desde já, no entanto, o Instituto esclarece que a segurada foi sim submetida a perícia médica na Agência da Previdência Social Visconde de Guarapuava", diz trecho do texto.