© Reuters / Adriano Machado
O plano proposto pelo candidato à presidência Ciro Gomes (PDT) de retirar cerca de 60 milhões de cadastros de inadimplentes, como o SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) deve sair em breve, disse nesta sexta-feira (10), Nelson Marconi, coordenador do programa do candidato.
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"Estamos acabando de desenhar o mecanismo e vamos fazer um anúncio formal", disse Marconi, ao comentar o tema mais polêmico do debate entre economistas dos candidatos promovido pela Fundação Lemann e seus ex-bolsistas.
Segundo Marconi, a ideia é renegociar essas dívidas com o setor bancário e obter um deságio. Ele disse que a dívida média desses inadimplentes está em R$ 1.400, mas não forneceu mais detalhes.
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No mesmo evento, Persio Arida, coordenador do programa econômico de Geraldo Alckmin (PSDB), qualificou a promessa de "irresponsável" e disse que, segundo suas contas, a medida custaria R$ 60 bilhões ou o equivalente a dois Bolsa Família. Marconi rebateu o valor, mas disse que ainda é preciso avançar nas contas.
João Paulo Capobianco, coordenador do plano de governo de Marina Silva, disse que a população não pode acreditar nesse tipo de promessa. "Não dá para acreditar em solução que vai tirar todo mundo do SPC e nem que vai resolver tudo com armamento", disse.
Marconi rebateu: "é impressionante que a renegociar dívida de ruralista e de bancos ninguém se opõe, mas quando a gente fala em resolver endividamento das pessoas físicas -e não falamos que vamos endividar o governo para fazer-, tem gente que reclama", disse.Com informações da Folhapress.