Chacina de família em Florianópolis foi por vingança, diz Polícia

Declarações foram dadas depois da prisão de um segundo suspeito de participação no crime

© Pixabay

Justiça Investigação 12/08/18 POR Folhapress

A chacina de cinco pessoas em um apart-hotel em Canasvieiras, em Florianópolis, no dia 6 de julho, foi motivada por dívidas financeiras, informou a Polícia Civil de Santa Catarina neste sábado (11).

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As mortes foram uma forma de vingar os débitos acumulados por Leandro Gaspar Lemos, 44, com um dos suspeitos envolvidos no crime, afirmaram os responsáveis pelas investigações.

As declarações foram dadas depois da prisão de um segundo suspeito de participação na chacina, na madrugada deste sábado, em São José, município da Grande Florianópolis.

Na sexta-feira (10), outro suspeito de envolvimento foi detido em Santana do Livramento (RS) enquanto tentava cruzar a fronteira entre o Brasil e Uruguai. Ainda não há informações sobre o terceiro homem que participou da ação.

As cinco vítimas, sendo quatro da mesma família proprietária do apart-hotel Daytona Beach Residence , foram encontradas mortas e amarradas no dia 6 de julho.

Segundo o Comando Regional da Polícia Militar de Florianópolis, seis pessoas foram feitas reféns por três invasores armados por volta das 16h do dia anterior.

As vítimas foram identificadas como Paulo Gaspar Lemos, 78, seus três filhos, Paulo Gaspar Lemos Junior, 51, Katya Gaspar Lemos, 50 e Leandro Gaspar Lemos, 44, e Ricardo Lora, 39 – este era funcionário do hotel, sem passagens policiais.

Uma funcionária conseguiu fugir e informar a polícia, que chegou ao endereço por volta da meia-noite.

Os corpos das cinco vítimas foram encontrados em diferentes quartos e andares do apart-hotel. Num dos cômodos foi inscrita a sigla "PCC" (Primeiro Comando da Capital) na parede.

Para a polícia, entretanto, a inscrição indicava uma tentativa de tirar o foco do crime.

A vingança por dívidas era uma das linhas de investigação da Polícia Civil devido ao histórico da família em negócios em São Paulo e Santa Catarina.

O patriarca Paulo Gaspar Lemos respondia a quatro inquéritos por estelionato e havia se mudado para Florianópolis há dez anos depois de declarar falência de uma concessionária de carros na capital paulista. Com informações da Folhapress. 

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