© REUTERS
O Corinthians contou com um aporte bancário via Rede Globo, há aproximadamente três meses, para ajudar a honrar compromissos. Confirmada pela direção do clube, a operação é estimada pelo presidente Andrés Sanchez em cerca de R$ 10 milhões e é referente a direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro -a quantia foi paga de uma vez a pedido de Sanchez à emissora.
PUB
Sem patrocínio máster e, naquele momento, sem receitas suficientes por transferências, a direção do Corinthians optou por receber, de uma vez, o valor referente ao exercício de 2018. Como se trata de uma quantia que não diz respeito aos próximos anos, Andrés prefere usar o termo "repactuação" em vez de "adiantamento", embora o clube já tenha recebido, no primeiro semestre, os números de toda a temporada.
O presidente frisa ainda que não há recursos desse gênero referentes aos próximos anos que tenham sido adiantados.
Em nota à reportagem, o Corinthians afirma que se trata de uma "renegociação de uma operação bancária com alongamento de prazos que usa como garantia os recebíveis da Globo". Na prática, significa que a emissora deu aval para que o clube adiantasse os recursos em instituição bancária, que receberá de volta da Globo os valores que seriam enviados aos cofres corintianos.
Segundo o balanço do primeiro semestre de 2018, o Corinthians já recebeu R$ 97,7 milhões em direitos de transmissão nesta temporada. De acordo com Sanchez, ainda é previsto o aporte de valores referentes ao pay per view do Brasileirão para os últimos dias de 2018, o que ajudará o clube a pagar férias e 13º salário. Atletas e funcionários, vale frisar, estão com salários em dia.
Matias Ávila, novo diretor financeiro do Corinthians, diz contar com receitas pelas transferências de Balbuena, Rodriguinho e Malcom [cláusula de solidariedade por ida ao Barcelona] para equacionar o prejuízo apresentado no balanço do primeiro semestre. Ainda segundo ele, o clube não precisou realizar empréstimos para adquirir o volante Douglas ao Fluminense e o meia chileno Araos. "Nosso déficit vai ficar perto do zero", prevê. Com informações da Folhapress.