© Guglielmo Mangiapane/Reuters
Seis países da União Europeia (UE) anunciaram nesta terça-feira (14) um acordo para receber os 141 imigrantes que estão a bordo do navio Aquarius, operado pelas ONGs francesas SOS Mediterranee e Médicos Sem Fronteiras. A embarcação poderá atracar em Malta, que servirá como base logística para a distribuição dos imigrantes entre França, Alemanha, Luxemburgo, Portugal e Espanha.
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"Malta vai fazer uma concessão, permitindo que o barco atraque em seu território, apesar de não ter a obrigação de fazê-lo", declarou o governo de local. Espanha e França poderão receber, cada um 60 pessoas, enquanto a Alemanha acolherá até 50. Portugal concordou em receber no máximo 30 imigrantes e Luxemburgo não divulgou quantas pessoas poderá receber.
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O barco, que buscava porto para atracar desde a última sexta-feira (10), encontra-se parado a 50 km da costa italiana. Entre os ocupantes, 67 são menores de idade desacompanhados. Itália, Malta, França, Reino Unido e Espanha haviam negado pedidos para que todos os imigrantes desembarcassem em seus territórios, atitudes classificadas como "vergonhosas" pela Anistia Internacional.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, disse que após ter recebido 629 imigrantes da Aquarius em junho, o que pretendia era que os países europeus passassem a tomar decisões de forma conjunta, como fizeram agora.
O ministro do Interior de Portugal, Eduardo Cabrita, defendeu uma solução comum europeia: "Entendemos que deve haver uma posição estável em nível europeu que contemple a todos. Não podemos andar aqui de solução "ad hoc" (resolução imediata) em solução "ad hoc" enquanto um navio está à deriva no mediterrâneo", concluiu. Em seu perfil no Twitter, o presidente da Catalunha, Quim Torra, ofereceu os três portos da região (em Girona, Barcelona e Tarragona) para receber os 141 imigrantes da Aquarius. O governo da ilha de Córsega também ofereceu apoio aos imigrantes.
O governo do território britânico de Gibraltar afirmou que vai retirar a bandeira do país da Aquarius a partir de 20 de agosto, alegando que a embarcação foi registrada como barco de pesquisa, não de resgate. A partir desta data, o barco terá a bandeira do país em que estava registrado anteriormente, que é a Alemanha.
Os ocupantes da embarcação são, em sua maioria, de Somália e Eritreia e foram resgatados na última sexta-feira (10). As ONGs francesas SOS Mediterranee e Médicos sem Fronteiras dizem que, apesar de as condições médicas dos ocupantes serem estáveis, muitos deles estão com quadros de desnutrição". (ANSA)
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