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A fila de espera para cirurgias para a transição de gênero pelo SUS, nos cinco hospitais habilitados a oferecer este procedimento na rede pública de saúde, tem ao menos 288 pessoas. Os números foram calculados pelo 'G1', considerando informações fornecidas pelas instituições por meio da Lei de Acesso à Informação e pelas assessorias de imprensa.
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De acordo com a reportagem, o processo de transexualização foi criado no SUS há dez anos, em 18 de agosto de 2008. No entanto, médicos afirmam que as equipes ainda são reduzidas e que não há profissionais suficientes para aumentar o número de cirurgias. São realizadas, em média, uma ou duas cirurgias por mês em cada instituição.
Os profissionais alegam também que o número de unidades de saúde que fazem o procedimento também precisa aumentar, pois os pacientes têm de viajar longas distâncias para receberem o atendimento.
“As pacientes e os pacientes fazem dois anos [de acompanhamento] e estão prontos [para a cirurgia], mas não adianta eles estarem prontos porque a gente não consegue dar vazão. A gente não consegue fazer quatro, seis cirurgias por mês, mas só uma cirurgia. Esse é o problema. Se a gente tivesse duas ou três equipes, eles não precisariam esperar tanto”, explicou a ginecologista Mariluza Terra, do Hospital das Clínicas da UFG, em Goiás.
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O governo federal pagou por 474 procedimentos cirúrgicos a transgêneros nos últimos dez anos. O que não quer dizer que 474 pessoas foram operadas, pois normalmente os pacientes precisam ser submetidos a mais de um procedimento.
Os hospitais que fazem as cirurgias para a transição de gênero pelo sistema público de saúde ficam em São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia, Recife e Rio Grande do Sul. Outras capitais, no entanto, prestam atendimentos ambulatoriais a pessoas trans, como acompanhamento psicológico e endocrinológico. Apenas três unidades no Brasil fazem acompanhamento preventivo, com foco em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos.