© Carlos Garcia Rawlins/Reuters
O pacote de medidas para conter a inflação na Venezuela, prevista para 1.000.000% em 2018, entra em vigor nesta segunda-feira (20). Apelidado de "Madurazo", a principal mudança com o novo plano econômico do presidente Nicolás Maduro é o corte de cinco zeros da moeda local, que agora se chama bolívar soberano.
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Na sexta-feira (17), o governo de Maduro também aumentou o salário mínimo em 34 vezes. O valor passará de 5.196.000 bolívares (20,8 dólares no câmbio oficial ou 1,3 dólar no câmbio paralelo) para 180.000.000 bolívares (728 dólares ou 45,5 dólares). Os valores já devem ser pagos em bolívar soberano.
Outra mudança anunciada nos últimos dias foi o fim de subsídios que fazem do preço da gasolina na Venezuela o menor no mundo.
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Para adaptação ao novo plano econômico, todos os caixas eletrônicos e operações bancárias online pararam de funcionar temporariamente na Venezuela neste domingo (19). A previsão é que os serviços operem normalmente nesta segunda. Por conta da falta de dinheiro em espécie no país, os serviços eletrônicos são considerados essenciais.
Economistas são céticos em relação à efetividade das medidas. "Os próximos dias serão de muita confusão tanto para os consumidores quanto para o setor privado, especialmente o comercial. É um cenário caótico", prevê o diretor da consultora Ecoanalítica, Asdrúbal Oliveros, em entrevista ao 'G1'.
Protestos foram convocados pela oposição para esta terça-feira (21), dia seguinte ao feriado bancário decretado para a readequação da política monetária.
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