© Reuters/Arquivo
A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará contabiliza a prisão de 27 pessoas suspeitas de envolvimento direto ou indireto com a expulsão de famílias de suas residências em Fortaleza, capital do estado.
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Pelo menos 33 famílias alegam que foram obrigadas a deixar suas casas por pessoas supostamente ligadas a facções criminosas. A Defensoria Pública do estado informou que foi acionada com pedidos de apoio jurídico após as expulsões. A secretaria, no entanto, diz que até o momento não foi notificada dos casos pela Defensoria.
"Boa parte dos suspeitos já responde a outros crimes [como homicídio e tráfico de drogas]”, disse a Secretaria de Segurança. Em uma das operações feitas pela Polícia Civil no bairro Praia do Futuro, cinco pessoas foram presas, suspeitas de terem expulsado uma família de sua residência na comunidade dos Cocos. Com eles, foram apreendidos celulares e drogas.
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De acordo com a Defensoria, entre novembro de 2017 e junho de 2018, 133 famílias relataram o mesmo problema, o que representa uma média de 532 pessoas afetadas no período.
Segundo assessores da Defensoria Pública, a maior parte das vítimas buscou no Núcleo de Habitação e Moradia da Defensoria Pública informações sobre o que fazer. Como houve uma recente mudança na equipe de defensores que está cuidando do caso, as famílias ainda estão aguardando a definição dos procedimentos judiciais a serem adotados.
A Defensoria já identificou que algumas das vítimas moram em conjuntos habitacionais financiados pela Caixa, o que levou o banco a publicar uma resolução na qual apresenta situações nas quais o contrato pode ser cancelado. De acordo assessores da Defensoria, entre as situações previstas para o cancelamento está a ocorrência de ameaças para que se deixe o imóvel. Com informações da Agência Brasil.