© REUTERS/Carlo Allegri
Um tribunal de Virgínia, nos Estados Unidos, condenou nesta terça-feira (21) o ex-chefe da campanha eleitoral do presidente Donald Trump, Paul Manafort, por oito das 18 acusações de fraude fiscal e bancária. A audiência foi liderada pelo juiz norte-americano T.S.Ellis, que teve que anular as outras 10 acusações porque o júri não conseguiu chegar a um veredicto.
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Manafort foi indiciado, em outubro de 2017, por conspiração, lavagem de dinheiro e evasão de divisas ao fazer lobby para um partido ucraniano pró-Rússia.
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Segundo a denúncia, o ex-chefe de campanha do republicano trabalhou, entre 2006 e 2015, como consultor e representante em Washington do ex-presidente da Ucrânia Viktor Yanukovich, que era apoiado pela Rússia e foi derrubado em 2014. Parte dos pagamentos teria transitado por paraísos fiscais de forma ilegal. Ele foi alvo de 18 acusações no primeiro caso levado a julgamento pelo advogado especial Robert Mueller como parte da investigação sobre a interferência russa nas eleições de 2016 nos EUA. Manafort se declarou inocente de todas as acusações.
Os promotores dizem que o réu arrecadou US$ 65 milhões em contas bancárias no exterior entre 2010 e 2014 e gastou mais de US$ 15 milhões em compras de luxo no mesmo período, incluindo roupas, imóveis, paisagismo e outros itens.
Além disso, Manafort mentiu aos bancos para obter mais de US$ 20 milhões em empréstimos depois que seu trabalho político ucraniano encerrou em 2015. Ele pode pegar até 305 anos de prisão se for condenado por todas as acusações. (ANSA)