© REUTERS/Ueslei Marcelino
O teto de gastos públicos anula a Constituição de 1988 e deixa, em 20 anos, o tamanho do Estado brasileiro similar ao de países africanos, disse Guilherme Mello, economista da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Haddad (PT) nesta quarta-feira (22).
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"Não vai ser destruindo o Estado brasileiro que o investimento vai aparecer. Vai ser entre a interação entre setor público e privado", disse o economista em evento da Abrig (Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais) e da FGV (Fundação Getulio Vargas).
Mello defendeu o uso das reservas internacionais para fazer investimentos. Segundo ele, o que está sendo proposto não é a venda de reservas, mas a formação de um fundo com recursos dessas reservas responsável por financiar obras de infraestrutura.
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No mesmo evento, José Márcio Camargo, economista da campanha de Henrique Meirelles (MDB), disse que é preciso entender a importância do teto de gastos que, em sua avaliação, não está sob risco.
Ele lembrou que o aumento da despesa pública no Brasil sempre foi financiado com inflação ou aumento da carga tributária. "A partir de agora vamos ter que discutir prioridades e não existe nada mais espetacular na democracia do que isso", disse.
Camargo afirmou ainda que não trabalha com um prazo para zerar o déficit primário, mas avaliou que ele poderia ser zerado até o fim do governo, caso Meirelles seja eleito. Com informações da Folhapress.