É possível trocar clínicas dermatológicas por tratamento em casa?

O mercado de beleza assistiu nascer, nos últimos anos, a tendência mundial dos home devices

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Lifestyle Procedimento 22/08/18 POR Notícias Ao Minuto

Equipamentos de uso doméstico podem promover estímulo ao crescimento capilar, melhorar elasticidade da pele, rejuvenescer e melhorar condição da acne. Mas alguns cuidados devem ser tomados e tenha a certeza: eles não são milagrosos!

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O mercado de beleza assistiu nascer, nos últimos anos, a tendência mundial dos home devices, equipamentos tecnológicos utilizados em casa para diversos fins estéticos e dermatológicos. Mas antes de achar que eles vão resolver seu problema sozinho, cabe um alerta: “Eles são uma complementação aos procedimentos dermatológicos em consultório, mas nunca irão substituí-los”, pondera a dermatologista Dra. Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia.

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“Mas é interessante que haja uma coorientação, para que esse paciente não utilize um aparelho que não é específico para ele, não tenha a sensação da frustração por ter investido muito (esses aparelhos não são tão baratos assim) e muitas vezes o efeito desejado não aparece”, explica.

De acordo com a dermatologista, hoje há home devices para depilação, tratamento capilar, estímulo de colágeno, cicatrização e condição inflamatória de acne e melhora de elasticidade. “Os home devices são uma tendência, se popularizaram, vão virar febre e começaram a sua disseminação e seu uso bastante massivo no Oriente. Eles trazem a possibilidade do paciente fazer em casa o complemento ao tratamento realizado no consultório e são excelentes opções”, diz a médica.Apesar do rigor que existe para que haja a liberação pela ANVISA para que esses aparelhos cheguem ao mercado e possam ser utilizados com protocolos muito específicos e seguros (para que não haja efeitos adversos), existe, obrigatoriamente, uma eficiência limite, de acordo com a médica.

“Esse limite oferecido, na verdade, é justamente para que não aconteçam efeitos adversos e para que o paciente não tenha riscos por utilizar sozinho”, diz. “Quando nós utilizamos um laser, uma luz intensa pulsada, um aparelho de depilação ou um LED no consultório, as potências são específicas para cada caso, levando em conta o fototipo, a alteração clínica específica e a época do ano. Então nós podemos usar energias mais baixas, mais altas, enfim, modular os parâmetros de acordo com a necessidade e resistência de cada caso – o que não acontece com os home devices. Então, muitas vezes, o paciente compra esse aparelho achando que vai substituir esse procedimento na cabine e se frustra. O que precisamos ter em mente é que essa tecnologia pode potencializar o uso de um creme em casa. Por exemplo: ele faz uma sessão de laser no consultório e vai usar à noite um creme prescrito pelo dermatologista e pode, sim, fazer o LED de baixa intensidade duas ou três vezes por semana com a maior tranquilidade.”

Mas existe um perigo para o paciente que não é orientado e faz compra espontânea. “Ele deve seguir rigorosamente o protocolo estabelecido pela empresa para que não haja nenhum tipo de risco. Muitas vezes nós temos problemas maiores com as máquinas de depilação, que na verdade acabam usando uma potência muito baixa porque são lasers de baixa intensidade, e nós podemos ter como efeito colateral a produção de uma lanugem, que acontece pela hiperexposição a esse laser ou a essa luz e existe a formação de novos pelinhos de revestimento por estímulo da luz. Isso acontece em alguns casos, não em todos, alguns pacientes chegam ao consultório comentando que, em vez de ter uma melhora com o home device, eles tiveram um processo de piora. Porque essas luzes mais baixas em estímulo contínuo podem gerar esse efeito colateral”, finaliza a médica.

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