Foi uma passagem polêmica a do Papa Francisco por Dublin, capital da Irlanda, onde esteve dois dias com o intuito de participar no Encontro Mundial das Famílias e de tentar reconquistar a confiança dos fiéis num país que ainda é um bastião da Igreja Católica, mas que foi abalado por vários escândalos de pedofilia.
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Estima-se que cerca de 14.500 pessoas sofreram abusos sexuais por parte de membros do clero desde 2002.
Francisco aproveitou esta passagem pelo país para se encontrar com algumas das vítimas e pediu perdão pelos abusos cometidos pelos padres, pelas instituições religiosas e pela hierarquia da Igreja na Irlanda.
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No entanto, o Papa recusou comentar as recentes acusações do arcebispo Carlo Maria Vigano, que escreveu uma carta na qual revelou que o Papa estaria a par das acusações cometidas pelo cardeal norte-americano Theodore McCarrick e que o "encobriu". O arcebispo pediu a renúncia do Sumo Pontífice.
Questionado pelos jornalistas, Francisco não comentou e recordou o comunicado divulgado pelo Vaticano.
O Papa também abordou a questão da homossexualidade na Irlanda, um país onde a sociedade outrora tradicional tem evoluído bastante. "Rezem, dialoguem e entendam, mas não condenem" a homossexualidade, disse.