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Um estudo publicado na revista 'Pediatrics' nesta segunda-feira (27) aponta que o THC, principal substância psicoativa da maconha, foi encontrado em 63% das amostras de leite materno, mesmo após seis dias de uso. A pesquisa foi financiada pelos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (em inglês, NIH) e pela Gerber Foundation, segundo o G1.
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O consumo diário, semanal ou esporádico da maconha foi detectado e analisado em 50 mulheres grávidas e mães que amamentam - sendo a inalação a principal forma de uso. Das 54 amostras de leite coletadas, 63% apresentaram THC até seis dias após o uso da planta. O estudo aponta que os compostos ativos da maconha (cabinóides) têm preferência por fazer ligações com moléculas de gordura, presentes no leite materno. Por esta razão, a Academia Americana de Pediatria não recomenda que as mulheres usem a maconha em nenhum das duas situações.
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"Descobrimos que a quantidade de THC que uma criança poderia potencialmente ingerir por meio do leite materno é relativamente baixa, mas ainda não sabemos dizer se há uma dose segura para os bebês", disse Christina Chambers, principal autora do estudo e professora da Universidade da Califórnia, em San Diego.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a amamentação seja feita de forma exclusiva para o bebê até os seis meses de idade. A partir dos 6 meses, todas as crianças devem receber alimentos complementares e manter o aleitamento materno, e devem continuar a ser amamentadas, pelo menos, até completarem os 2 anos de idade.