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O estilo de vida da sociedade atual, pautada pelo consumo e pela imagem perfeita e associada à moda do ‘selfies’, estimulam as pessoas a recorrerem cada vez mais às cirurgias plásticas. Porém, essa prática pode se tornar um vício, escondendo uma doença psiquiátrica conhecida como Transtorno Dismórfico Corporal ou Síndrome Dismórfica.
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Segundo o cirurgião plástico Dr. Marco Cassol, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, esses pacientes apresentam uma preocupação desmedida com a aparência e acabam realizando um número exagerado de cirurgias plásticas. Com isso, acabam desenvolvendo complicações devido à realização excessiva de intervenções no mesmo local. “Isso ocorre quando o paciente se olha no espelho e tem uma autoimagem distorcida. O que determina a patologia é o sofrimento do indivíduo diante da sua imagem que, mesmo após inúmeros procedimentos, não se sente satisfeito”, adverte o médico.
A Dismorfofobia Corporal é um problema sério e precisa de atenção, visto que é capaz de colocar a vida do paciente em risco. Há diversos casos que repercutiram na mídia, principalmente de celebridades que exageraram e adquiriram a Síndrome Dismórfica. Exemplos do cantor Michael Jackson, do modelo Celso Santebañes (mais conhecido como Ken Humano) e da modelo Andressa Urach. “O paciente que sofre de Dismorfofobia se sente angustiado com a aparência e, por mais que tentamos alertar e impor limites, ele irá busca um médico que possa mudar o que ele acha que está errado. Mas, se a pessoa deseja melhorar alguma coisa e o resultado for natural e o satisfaz, isso não é um vício”, explica Cassol.
Para o especialista, o objetivo máximo da cirurgia plástica é fazer um procedimento que fique o mais natural e harmônico possível. Quando bem indicada e realizada, a cirurgia plástica eleva a autoestima e traz resultados extremamente positivos, restabelecendo não só a dignidade física, como também a emocional. No entanto, passa dos limites quando o resultado fica artificial. “O importante é saber escolher o local onde será realizado o procedimento e que o tipo de intervenção seja indicada pelo médico. Além disso, é preciso debater mais o assunto para ajudar a livrar essas pessoas desse sofrimento”, conclui o médico.