Escola em SP registra 2º caso de preconceito: 'Retardado'

Garoto de 11 anos é portador de uma deficiência intelectual leve e foi chamado de 'retardado'

© Reprodução 

Brasil praia grande 27/08/18 POR Notícias Ao Minuto

A Escola Municipal Joaquim Augusto Ferreira Mourão, em Praia Grande, no litoral de São Paulo, foi palco de mais um caso de preconceito. Após uma mãe ter relatado um caso nas redes sociais, desta vez, o G1 conta o caso de um menino de 11 anos que foi vítima de ofensas e agressões físicas.

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Kauê é portador de uma deficiência intelectual leve e foi chamado de 'retardado'. De acordo com o G1, os ataques contra ele acontecem desde o ano passado, quando a mesma turma estudava em outra escola municipal. No entanto, a situação piorou, segundo a mãe do menino, Cintia Sena, de 31 anos.

A mãe disse ainda que a diretora da escola chamou Kauê e pediu que ele não contasse nada aos pais, caso os colegas de classe mexessem com ele.

"Eu fui conversar com a direção da escola, e me explicaram que fizeram isso para evitar mais confusão. Assim, nós [Cíntia e o marido] não iríamos à escola procurar saber o que estava acontecendo. Me disseram, ainda, que tratam a inclusão com o maior respeito, mas não foi isso o que aconteceu. Acredito que meu filho está sofrendo preconceito na escola".

Cíntia disse ainda que, dentro da sala de aula, o filho é chamado de 'retardado' e 'bebê chorão'. O menino já foi empurrado por colegas e á colocaram o pé na frente para ele cair, deram tapas em sua cabeça e jogaram borracha e papel em sua direção.

"Ele entende tudo o que está acontecendo, mas não tem malícia para se defender, então, sempre começa a chorar. É muito difícil buscá-lo na escola e vê-lo sempre com o olho inchado de tanto chorar. Temo pela integridade física e emocional dele. Tenho medo que o empurrem a ponto de machucar de verdade, ou que isso atrapalhe seu desenvolvimento", contou a mãe.

A mãe acredita que a escola não tem demonstrado preocupação com os casos. "A direção não me parece preparada para enfrentar esse tipo de preconceito contra os alunos. É preciso impor regras, e que a escola se prepare, para acabar com isso. Chegaram até a falar que ele estava fantasiando e se jogando no chão. Na última semana, trocaram meu filho de sala. Eu aceitei, porque não aguentava mais, mas isso é errado, a culpa não é dele", conclui.

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