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A PPSA (Pré-Sal Petróleo SA) informou nesta segunda (27) que quatro empresas se inscreveram para participar do leilão de petróleo do pré-sal pertencente à União, que será realizado na sexta (31). Será a segunda tentativa de vender os contratos, desta vez com a possibilidade de lances com deságio sobre os preços de referência.
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De acordo com a PPSA, as empresas habilitadas para o leilão são Petrobras, a anglo-holandesa Shell, a francesa Total e a hispano-chinesa Repsol-Sinopec. No primeiro leilão, em maio, apenas a Shell demonstrou interesse. No dia da oferta, porém, a empresa não apresentou proposta.
No leilão desta sexta, serão oferecidos três lotes com um total de 3 milhões de barris, dos campos de Lula, Sapinhoá e Mero, todos eles operados pela Petrobras na Bacia de Santos.
Em Lula e Sapinhoá, a União tem direito ao petróleo porque parte das reservas está fora da área de concessão. Mero é um contrato de partilha da produção, no qual o governo tem direito a 41,65% do volume produzido.
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Os leilões têm como ponto de partida o preço de referência estabelecido pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) para cada campo. O preço é alterado mensalmente, de acordo com a evolução das cotações internacionais.
No primeiro leilão, venceria a empresa que apresentasse o maior ágio sobre o preço de referência. Agora, se não houver ágio, pode haver competição pelo menor deságio -isto é, quem oferecer o menor desconto sobre o valor inicial- mas apenas em contratos de 12 meses.
A avaliação da PPSA é que o primeiro leilão não teve concorrência por questões logísticas: por segurança, a retirada do óleo das plataformas é feita apenas por navios com tecnologia de posicionamento dinâmico, que mantém a posição da embarcação com auxílio de GPS.
No Brasil, apenas os parceiros da Petrobras no pré-sal operam navios do tipo. Com eles, tiram o óleo da plataforma e o transferem para grandes petroleiros, que transportam a produção para o exterior.
A própria PPSA planeja comprar navios do tipo para poder realizar as operações de retirada do óleo de plataformas e atuar como exportadora de petróleo. A estatal foi criada pela lei que alterou as regras para o pré-sal, de 2010, garantindo à União parte da produção dos novos contratos.
Até agora, a empresa realizou três operações de venda de petróleo, em negociação direta com a Petrobras, envolvendo 1,25 milhão de barris. Em junho fechou também com a estatal contrato para a venda de 230 mil metros cúbicos por dia de gás de Lula e Sapinhoá. Com informações da Folhapress.