© Reuters / Nacho Doce
A governadora de Roraima, Suely Campos, avaliou nesta terça-feira (28) como insuficiente o envio de reforço das Forças Armadas para amenizar os impactos causados pelo fluxo migratório de venezuelanos ao Brasil.
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Em nota oficial, ela ressaltou que a medida, que foi solicitada no ano passado pelo governo estadual, reforça a necessidade de segurança na fronteira, mas não resolve as carências em áreas como segurança, saúde e educação.
+ Temer decreta uso das Forças Armadas em Roraima
O decreto assinado pelo presidente Michel Temer terá validade, a princípio, de duas semanas, desta quarta-feira (29) até o dia 12 de setembro.
"A decisão reforça a necessária segurança da fronteira de responsabilidade da União, mas é insuficiente para amenizar os impactos que o intenso fluxo migratório tem provocado em Roraima, nas áreas de segurança, saúde e educação", disse.
A governadora informou que, em conversa telefônica, solicitou nesta terça-feira (28) ao ministro da Defesa, Silva e Luna, o repasse pelo governo federal de R$ 184 milhões e a instalação de um hospital de campanha em Boa Vista para reduzir a demanda regional.
A GLO (Garantia da Lei e da Ordem), assinada pelo presidente, permite que militares atuem nas faixas de fronteira norte e leste e também nas rodovias federais.
Ela é menos drástica do que uma intervenção federal, já que não concede às Forças Armadas poderes civis.
Já a intervenção permite o controle administrativo pelos militares, como ocorre no Rio de Janeiro -o que não será o caso em Roraima.Perguntas e respostas da GLO em Roraima.
- O que é uma 'Garantia da Lei e da Ordem'?
Ela concede às Forças Armadas o direito de atuar com o poder de polícia em uma determinada região por um período específico
- Como ela funciona?
Por ordem do presidente, quando ele considera que há uma situação de perturbação da ordem que as forças tradicionais de segurança (como as polícias estaduais) não conseguem resolver.
- A GLO já foi usada outras vezes?
Sim, atualmente já há inclusive uma GLO em funcionamento, que permite aos militares atuarem na segurança pública do Rio de Janeiro; Rio Grande do Norte e Espírito Santo também já receberam missões semelhantes nos últimos anos.
- Como ela vai funcionar em RR?Segundo o decreto, os militares vão atuar no estado apenas na região de fronteira e nas rodovias federais; ela tem validade até 12 de setembro. Com informações da Folhapress.