© REUTERS/Sergio Moraes
A Petrobras informou nesta sexta (31) que o reajuste médio no preço do diesel será de 13%. O aumento foi autorizado na quinta (30), pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) para refletir a alta do dólar e das cotações internacionais.
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Após o reajuste, o preço médio de venda do combustível pelas refinarias da estatal será de R$ 2,2964 por litro, apenas R$ 0,0752 abaixo do recorde atingido no dia 23 de maio, ainda no início da paralisação dos caminhoneiros.
+ Com alta do dólar, preço do diesel sobe até 14,4% nesta sexta
O novo valor terá validade de 30 dias, segundo as regras do programa de subvenção criado pelo governo para por fim à paralisação. Desde o início de junho, o preço do diesel estava congelado pelo programa.
A média anunciada pela Petrobras considera os volumes de venda nas diferentes regiões do país, já que desde o início do programa de subvenção, o preço do diesel é tabelado por região.E trata apenas do preço de venda pelas refinarias, que equivale a 55% do preço final do combustível, que inclui ainda impostos e margens de lucro.
De acordo com a ANP, a maior alta ocorrerá na região Centro-Oeste, que passa a ter preço diferente do Sudeste: R$ 2,4094 por litro, aumento de 14,4%. A menor, no sudeste, de 10,5%, para 2,3277 por litro.
No Nordeste, o aumento será de 12,5%, para R$ 2,2592; no Sul, de 13,1%, para R$ 2,3143; e no Norte, de 13,2%, para R$ 2,2281. "Os novos valores refletem os aumentos dos preços internacionais do diesel e do câmbio no último mês", disse a ANP, em nota divulgada na quinta.
Além do repasse da alta do dólar, o novo valor considera ressarcimento às empresas pelo período em que o desconto não foi suficiente para cobrir a diferença entre o preço tabelado pelo governo e as cotações internacionais.
Desde o dia 23, o desconto vinha sendo insuficiente -na quinta, a diferença superou R$ 0,50 por litro.Nesta sexta, com a adoção dos novos preços, volta a R$ 0.30 por litro.
A fórmula atual foi apresentada esta semana, após alterações a partir de sugestões do mercado - a Petrobras chegou a dizer que a proposta anterior poderia levar ao desabastecimento por inviabilizar importações.
O programa de subvenção dura até o fim do ano ou o esgotamento dos R$ 9,5 bilhões separados pelo governo para bancar o subsídio. A cada 30 dias, o preço de venda pelas refinarias e importadores será revisto. Com informações da Folhapress.