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Os advogados de Paolo Guerrero estão na Suíça, onde tentam recurso para que ele possa voltar a atuar ainda em 2018. Alijado dos gramados por pena imposta pela CAS (Corte Arbitral do Esporte, na sigla em inglês), o peruano crê em avanço rápido do caso.
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Em contato com a reportagem, o advogado Julio Garcia disse que espera um avanço substancial na busca pela liberação do atleta por meio da Justiça comum da Suíça até o fim desta semana. Por enquanto, a estafe do jogador evita detalhes da estratégia de defesa para não atrapalhar no caso.
O atacante de 34 anos tem apoio até do presidente do Peru. Martín Vizcarra esteve com ele na passagem pelo país no mês passado e reforçou sua crença na inocência do atleta. O político intercederá para auxiliar na tese de defesa do jogador.
Guerrero, que ficou no Peru, também alegou inocência em nota oficial, quando reforçou a busca por seus direitos em qualquer esfera possível.
"Trabalhamos para que Paolo volte a jogar o quanto antes", disse Julio, à reportagem. O advogado ainda confirmou a expectativa de andamento do processo nos próximos dias.
Guerrero foi julgado e punido pela Fifa com um ano de afastamento por conta de um teste positivo de doping para substância benzoilecgonina, principal metabólico da cocaína e da folha de coca. O exame foi feito após a partida entre Peru e Argentina em outubro de 2017, em Buenos Aires, válida pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo.
Em seguida, entrou com recurso por meio do Comitê de Apelações da entidade e reduziu a pena, em um primeiro momento, para seis meses. Em maio, porém, o caso foi à CAS, que aplicou 14 meses de suspensão.
Guerrero foi buscar seus direitos além do âmbito esportivo e conseguiu efeito suspensivo no Tribunal Federal Suíço no fim do mesmo mês.
Com a liberação provisória, atuou pelo Peru na Copa e, desde o regresso da Rússia, jogou mais quatro partidas pelo Flamengo. Em seguida, foi contratado pelo Internacional e tinha estreia marcada para o jogo contra o Palmeiras. No entanto, viu cair a liminar que o liberava para atuar e voltou a estar proibido de qualquer atividade como profissional do futebol.
O vínculo de Guerrero está, desde então, suspenso. Sem pagar salários, como previsto em contrato, o Internacional ainda poderá ampliar o vínculo do atleta em tempo correspondente ao período de afastamento.
Com a punição em vigor -de mais oito meses- o centroavante só poderá voltar jogar ou mesmo treinar utilizando a estrutura do clube em abril de 2019. O objetivo, porém, é reverter o quadro e o liberá-lo para atuar ainda neste ano. Com informações da Folhapress.