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Em sabatina promovida pela Folha de S.Paulo em parceria com o UOL e o SBT nesta terça-feira (4), a candidata da Rede à Presidência, Marina Silva, criticou rivais que "abrem a janela do promessômetro" em época de campanha, usando "discurso fácil".
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Ela também se posicionou contra a mistura de religião e política diante de pergunta sobre o slogan "Brasil acima de tudo e Deus acima de todos", de Jair Bolsonaro (PSL).
Governabilidade
"Essa lógica do toma lá, dá cá não pode ser naturalizada. Não dá para cair na armadilha de que ou você se rende ao centrão ou você não vai conseguir governar. Não podemos nos conformar com isso."
"Essa história de que para aprovar uma coisa é [com] o governo comprando deputados, isso tem que ser denunciado. Se alguém me disser que só vai votar se eu tiver que pagar pelo voto dele, vou denunciar."
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Adversários
"Acho que tem uma situação bastante complexa no Brasil. Existem aqueles que fazem o discurso fácil. E é muito difícil fazer política dizendo: 'vamos ser ponderados', 'não é bem assim'."
"Na hora da eleição, as pessoas abrem mão dos princípios, abrem a janela do promessômetro e aí o céu é o limite. Eu não. Eu quero ganhar ganhando, porque a forma como a gente ganha determina a forma como a gente governa."
Fernando Haddad
"Não tenho nenhum problema [em debater com ele], na hora em que o Haddad se transformar em candidato. É bom que ele venha para acabar com essa ambiguidade, para fazer o debate, colocar as propostas, explicar os problemas que o Brasil está enfrentando."
Estado laico
"O Estado laico é uma bênção. Tenho uma fé, sou cristã da Assembleia de Deus, já fui católica, quase fui freira, e acho que num país democrático não se deveria estimular essa guerra santa. Isso está fazendo muito mal para o Brasil."
Trajetória
"Eu tenho uma trajetória que, graças a Deus, em nenhum dos partidos pelos quais passei ficou qualquer mácula em relação aos meus compromissos na questão ambiental, na defesa dos direitos humanos, da justiça social e de como integrar economia e ecologia."
Corrupção
"O erro que é praticado tem que ser investigado, assegurado o mais amplo direito de defesa, e punido com rigor. O que faz a corrupção é a expectativa da impunidade."
"É muito incoerente você dizer: tolerância zero com corrupção e ter pelo menos uns 300 anos de [penas da] Lava Jato em cima do palanque."
Acre
"Não dá para medir um candidato com base em um mandato de senadora e as dificuldades de um Estado que historicamente sempre ficou em segundo plano, inclusive nas prioridades do governo federal."
"No Acre não tem debate de Estado mínimo: em muitos lugares não há Estado nenhum."
Subsídios e isenções
"Temos que acabar com a farra do Refis. Hoje, uma boa parte dos recursos que poderiam ser investidos em saúde, educação e segurança está sendo destinada a perdão ou renegociação de dívida."
"É muito fácil defender o livre mercado, a livre iniciativa, e na primeira oportunidade ir no balcão do governo fazer determinado tipo de isenção. Isso não é justo. A sociedade brasileira está pagando um preço muito alto."
Previdência
"A reforma da Previdência tem que combater privilégios, mas não basta conversar com apenas um setor. Ele [Michel Temer] atrapalhou o debate sobre a reforma tentando se colocar para o mercado."
"O projeto de Previdência que eu mandar estará calçado em todos os números necessário para que deputados, senadores e cidadãos possam saber o que está acontecendo."
"Este país está criando uma intolerância com o debate. Quem não quer resolver é quem joga um pacote em cima da sociedade."
Educação
"É uma prioridade. E os professores são a base de qualquer educação. Não existe educação de qualidade com professores mal remunerados, sem formação, em escolas desequipadas. Nossa proposta é que os professores tenham seu plano de carreira." Com informações da Folhapress.