© Yuri Gripas/Reuters
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou nessa terça-feira (4) a decisão da Nike de colocar o jogador de futebol americano Colin Kaepernick como um dos principais rostos da nova campanha da marca, que celebra os 30 anos do slogan "Just Do It".
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O ex-quarterback do San Francisco 49ers é o pivô da polêmica entre Trump e a NFL, a liga nacional de futebol americano. Em 2016, antes de uma partida do campeonato, o jogador se ajoelhou durante a execução do hino nacional como forma de protesto contra a violência policial contra negros no país.
O gesto de Kaepernick foi repetido por muitos atletas da NFL e da NBA, a liga norte-americana de basquete, incluindo os astros Stephen Curry, do Golden State Warriors, e Dwyane Wade, do Miami Heat.
Na campanha da Nike, lançada nessa segunda-feira (3), o rosto de Kaepernick aparece em preto e branco, com a frase: "Acredite em algo. Mesmo que isso signifique sacrificar tudo". O atleta de 30 anos está sem clube desde 2016 e alega que vem sendo boicotado pelos times da NFL por conta do protesto.
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"Penso que é uma terrível mensagem. A Nike é uma locatária minha, eles pagam um monte de aluguel. É uma mensagem terrível que eles estão enviando, e não há razão para fazer isso. Mas acho que, no que diz respeito ao envio de uma mensagem, acho que é uma mensagem terrível e uma mensagem que não deveria ser enviada. Não há razão para isso", disse Trump ao site "The Daily Caller".
O magnata republicano, que ficou enfurecido com os protestos, chegou a chamar os jogadores que se manifestaram de "filhos da p...". Além disso, pediu para que as franquias da liga demitissem os atletas que ajoelhassem durante a execução do hino nacional.
Por sua vez, a tenista Serena Williams, outra estrela da campanha da Nike, apoiou Kaepernick. "Bem, quero dizer que ele fez muito pela comunidade afro-americana, e isso lhe custou muito. Mas ele continua fazendo o melhor que pode para apoiar.
Ter uma grande companhia por trás dele, sabe, pode ser controverso para esta empresa, mas eles não têm medo. Eu sinto que isso foi uma declaração realmente poderosa para muitas outras empresas", disse Williams. (ANSA)