© REUTERS/Paulo Whitaker
O presidenciável Guilherme Boulos (PSOL) reagiu nesta quarta-feira (5) à relação feita por Ana Amélia (PP-RS), vice na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB), e Jair Bolsonaro (PSL) entre o incêndio no Museu Nacional, no Rio, e a administração da UFRJ por um membro do PSOL, o reitor Roberto Leher.
PUB
À reportagem Boulos disse que PSDB e Bolsonaro têm "as mãos sujas de cinzas" do museu.
"Eles apontam para o PSOL porque querem tirar o peso das costas deles. PSDB e Bolsonaro têm algo em comum: ajudaram a aprovar a PEC do teto de gastos que congela os investimentos por 20 anos e foi uma das responsáveis por deixar o patrimônio cultural às moscas", afirmou.
Boulos diz que é "tapar o sol com a peneira" criticar o PSOL pelo incêndio. Segundo ele, está em curso uma "política de desmonte do patrimônio nacional e das universidades públicas" que seria continuado em um eventual mandato de Alckmin e Ana Amélia, "que não têm projeto de cultura. Eles têm projetos para banqueiros."
Boulos ainda disse que, diferentemente dos adversários, que teriam "compulsão pela mentira", ele recuperaria a preservação cultural e buscaria recursos para fomentar práticas culturais, especialmente as periféricas.
"Nosso programa de governo é o que dedica mais páginas à cultura dentre todos os elaborados pelos candidatos à Presidência."
Em entrevista à Globonews na terça-feira (4), Ana Amelia disse que o caso do museu "tem a ver, sim, com o partido". Bolsonaro afirmou que "a indicação política leva a isso", completando que a administração da UFRJ seria formada por "gente filiada ao PSOL e ao PC do B". Com informações da Folhapress.