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A denúncia foi feita pela promotora Eliana Vendramini, do Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos, que está a investigando a suposta venda de órgãos de corpos localizados na necropsia da SVO da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
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De acordo com a investigação feita pela promotora, o SVO terá classificado vários mortos devidamente identificados como indigentes. Ao todo, aponta a Promotoria, deverão ter sido enterrados mais de 3 mil corpos dessa forma nos últimos 15 anos, sem qualquer contato com a família dos mortos, avançou a BBC Brasil essa sexta-feira (6).
Ainda segundo a investigação de Eliana Vendramini, os corpos terão sido enterrados depois de terem sido removidos tecidos e órgãos que seriam, posteriormente, vendidos ilegalmente a universidades e hospitais para pesquisa e estudo.
O caso ganhou forma e foi passado para o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), pertencente ao Ministério Público de São Paulo. O processo transita ainda em sigilo, segundo o MP e, por isso, não foram ainda divulgados detalhes do caso, como nomes dos suspeitos envolvidos, conta o Estadão.