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Militares do Exército brasileiro deram início a mais uma fase da Operação Acolhida, em Boa Vista (RR), levando cerca de 200 venezuelanos, incluindo crianças de colo, para acampamentos improvisados no Centro de Triagem, montado próximo à sede da Polícia Federal (PF). No local, os estrangeiros tem a documentação atualizada e recebem atendimento médico, kits de higiene pessoal e alimentação.
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A operação acontece após uma confusão envolvendo um imigrante e um brasileiro no bairro Jardim Floresta. Segundo o G1, o venezuelano Jose Antonio Gonzalez, 19, supostamente teria furtado um mercado e foi perseguido por moradores. Alcançado pelo brasileiro Manoel Siqueira de Sousa, 35, o homem foi atacado com golpe de faca e morreu. Em seguida, moradores lincharam o imigrante até a morte. Para evitar novas confusões, a Força Nacional passou a monitorar a região.
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O Major Tássio de Oliveira, chefe da Comunicação da Operação Acolhida, afirma que a operação já estava programada e não tem relação com os crimes. "As pessoas com maior vulnerabilidade vem sendo mapeadas e assim são trazidas para preencher as vagas nos abrigos", afirma.
Desde abril, 1.507 imigrantes já foram encaminhados a outros estados, no processo de interiorização. Ao todo, 204 venezuelanos foram levados para Manaus e Cuiabá no 9º voo realizado em Roraima; outras 204 pessoas foram transferidas para São Paulo, Brasília e ao município de Esteio, no Rio Grande do Sul.