© Nacho Doce/Reuters
O candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, permaneceu nesta segunda-feira, 10, em condições estáveis, informou o Hospital Albert Einstein, em boletim médico divulgado por volta das 19h. "O candidato realizou fisioterapia - caminhada e exercícios respiratórios - sem apresentar dor".
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Ademais, o boletim afasta sinais de febre e infecção, destaca que Bolsonaro permanecerá em tratamento intensivo e terá de manter jejum oral (ele está sendo alimentado por soro direto na veia).
O hospital acrescentou também que o tratamento cirúrgico para fechamento da colostomia será realizado no futuro em uma internação eletiva - sem estimar prazos. Quem assina o boletim é o cirurgião Antônio Luiz Macedo, o clínico e cardiologista Leandro Echenique e o diretor superintendente do hospital, Miguel Cendorogio.
Mais cedo, nesta segunda, o hospital havia informado que o quadro de Bolsonaro "ainda é grave e permanece em terapia intensiva". A fala despertou a atenção de repórteres, já que destoava do otimismo de outros boletins divulgados no fim de semana, com favorável quadro de melhora do paciente. Questionada, a assessoria do hospital procurou a equipe médica, que explicou se tratar de um estado ainda grave diante do ferimento, mas que não representa regressão no progresso do deputado, que permanece internado na UTI.
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Destoando dos demais dias, sobretudo na sexta-feira, em que apoiadores de Bolsonaro se organizaram nas proximidades do hospital com um boneco inflável do candidato do PSL, nesta segunda o movimento foi bastante reduzido. Nem mesmo apoiadores entraram nas imediações do hospital, na zona sul paulista. Apenas câmeras e diversos jornalistas se concentravam na entrada do prédio da UTI.
Neste fim de semana, Mourão chamou de "oba oba" as constantes visitas que Bolsonaro estava recebendo. Segundo o vice na chapa, o candidato precisa descansar neste momento. O próprio Hospital Albert Einstein chegou a relembrar, em boletim anterior, que as visitas estavam restritas aos familiares, por ordem médica.
No dia, apenas o deputado federal e coordenador da campanha de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni (DEM/RS) foi visto entrando no prédio. Em conversa com jornalistas, Lorenzoni foi questionado sobre o quadro de Bolsonaro, que estaria se recuperando bem. O deputado foi questionado sobre a possibilidade de o vice na chapa do PSL, General Mourão, assumir os compromissos de campanha durante a recuperação do cabeça do partido. Lorenzoni, entretanto, desconversou e disse que não é o momento de falar sobre isso. O deputado também reafirmou a teoria de que o ataque foi organizado e refutou "ser obra de um lobo solitário".
Jair Bolsonaro foi esfaqueado na última quinta-feira, 6, durante evento de campanha em Juiz de Fora (MG). O político segue na UTI do hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde a ultima sexta-feira, 7. Com informações do Estadão Conteúdo.