© REUTERS
O tufão Mangkhut deixou pelo menos 13 mortos e 8 desaparecidos neste sábado (15) em sua passagem pelo norte das Filipinas.
PUB
O maior tufão a atingir as Filipinas neste ano atingiu a costa antes do amanhecer na província de Cagayan, na ponta nordeste da ilha de Luzon, uma região de planícies de arroz e províncias montanhosas com histórico de deslizamentos.
Os ventos e as chuvas fortes provocaram deslizamentos de terra e destruíram muitas casas.
A situação fez com que China e Filipinas concordassem em adiar a visita da ministra das Relações Exteriores da China, Wang Yi, que começaria neste domingo (16), levando em conta também que o tufão provocou o cancelamento de cerca de 150 voos e interrompeu viagens marítimas.
O prefeito da cidade de Baguio, Mauricio Domogan, informou que três pessoas morreram na cidade montanhosa e que as estradas estão bloqueadas. As autoridades também registraram o afogamento de três pessoas e ainda apuram o que pode ter ocorrido com cerca de 70 homens que voltavam para casa quando o tufão chegou à Cagayan.
As rajadas de vento provocadas pelo Mangkhut chegaram a atingir 250 km/h e perderam um pouco de força (170 km/h), mas se encaminham agora para o sul da China e Hong Kong.
"Ainda é uma situação de vida e morte", disse o secretário de Defesa, Delfin Lorenzana, por telefone. Os alertas de tempestade permanecem em vigor em dez províncias do norte das Filipinas, incluindo Cagayan. Milhares de pessoas tiveram que deixar a região.
O drama é maior porque o tufão chegou no início da temporada de colheita de arroz e milho em Cagayan, o que levou muitos agricultores a se arriscarem para tentar salvar o que pudessem de suas plantações, conforme informou o governador de Cagayan, Manuel Mamba.
O governo ainda calcula os estragos, mas ainda aguarda para entrar em áreas ainda atingidas por ventos e chuva. Dois aviões de carga da força aérea C-130 e 10 helicópteros estavam de prontidão em Manila para ajudar a transportar socorristas e suprimentos de ajuda.
Em Hong Kong, o ministro da Segurança, John Lee Ka-chiu, pediu aos moradores que se preparem para o pior. A Cathay Pacific informou que todos os seus vôos serão cancelados por cerca de 26 horas, entre a madrugada de domingo e a de segunda-feira (17).
"Como Mangkhut trará ventos e chuvas de extraordinárias velocidades, alcance e severidade, nossos esforços de preparação e resposta serão maiores do que no passado. Cada departamento deve ter uma sensação de crise, fazer uma avaliação abrangente e planejar e se preparar para o pior", disse John Lee.
Na vizinha província de Fujian, na China, 51 mil pessoas foram retiradas de barcos de pesca e cerca de 11 mil navios retornaram ao porto.
O Centro Nacional de Meteorologia da China emitiu um alerta dizendo que Mangkhut chegaria a algum ponto da costa na província de Guangdong neste domingo.
Mangkhut é a 15ª tempestade forte a atingir as Filipinas neste ano.
Em 2013, o tufão Haiyan deixou mais de 7.300 pessoas mortas ou desaparecidas, destruiu aldeias, varreu os navios para o interior e deslocou mais de 5 milhões na região central das Filipinas. Com informações da Folhapress.