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A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, está cada vez mais pressionada por causa da falta de um acordo definitivo com a União Europeia sobre o "Brexit", o que pode levar a um rompimento abrupto em 29 de março de 2019.
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A líder conservadora é alvo de críticas na oposição e até dentro de seu próprio partido, onde são cada vez maiores os questionamentos sobre seu papel como chefe de governo. Em sua coluna no jornal "Daily Telegraph", o ex-secretário de Relações Exteriores Boris Johnson, defensor do chamado "Brexit duro", disse que May arrisca uma "espetacular colisão política final" caso não mude de rota.
Johnson abandonou o governo em julho passado e passou a liderar a ala do Partido Conservador que qualifica como "suave" demais a postura de May com Bruxelas. Ele critica sobretudo o compromisso com a UE para manter aberta a fronteira entre a Irlanda, Estado-membro do bloco, e a Irlanda do Norte, integrante do Reino Unido, caso não se encontre uma solução compartilhada.
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Para Johnson, trata-se de uma "anexação" de um território britânico pela União Europeia. Além disso, para 79% dos entrevistados em uma pesquisa divulgada pela "BBC", a primeira-ministra está conduzindo "mal" as negociações do "Brexit".
Por outro lado, o prefeito de Londres, o trabalhista Sadiq Khan, fez um apelo por um segundo plebiscito, alegando que May não tem mandato para "brincar tão claramente com a economia britânica e a vida das pessoas".
Segundo ele, o impasse nas negociações criou apenas duas saídas: um acordo ruim para o Reino Unido ou nenhum acordo. "E ambas são inacreditavelmente arriscadas", disse Khan em um artigo no jornal "Observer".
Em entrevista à "BBC", a premier admitiu estar "um tanto irritada" com as recorrentes especulações sobre seu futuro, especialmente no Partido Conservador, onde cerca de 50 deputados já se reuniram para discutir como fazê-la se demitir.
O plano do governo prevê a criação de uma zona de livre comércio com a UE, para bens industriais e agrícolas e baseada em "regras comuns". Além disso, o Reino Unido se compromete em "harmonizar as fronteiras" e com regras mais "flexíveis" para serviços.
Em caso de acordo com Bruxelas, haverá um período de transição até 31 de dezembro de 2020. Do contrário, haverá uma ruptura total e definitiva em 29 de março de 2019. (ANSA)