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A ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner foi processada nesta segunda-feira (17) pelo juiz Claudio Bonadio no caso conhecido como "Cadernos da Corrupção", no qual é acusada de chefiar um esquema de corrupção para desviar milhões de dólares de obras públicas.
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De acordo com o jornal "La Nación", o juiz responsável pelo caso ainda determinou a prisão preventiva da ex-mandatária, mas ela tem foro privilegiado e deverá responder em liberdade. No entanto, a medida precisará ser aprovada pelo Senado, que pode aceitar a perda de sua imunidade. Com a decisão da justiça argentina, Cristina passa a responder a um total de cinco processos. Segundo as investigações, a senadora e seu marido, o ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007), já falecido, receberam malas de dinheiro obtidas por meio de construtoras e empresas de energia.
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O escândalo de corrupção foi revelado após uma reportagem do jornal argentino "La Nación", o qual informou que o motorista Oscar Centeno, do Ministério do Planejamento, detalhou o trajeto do dinheiro lavado do governo em oito cadernos escolares, por ser o responsável pelas entregas.
A imprensa batizou o caso como "Cadernos da Corrupção". Os documentos apresentam a origem e destino do dinheiro, incluindo a data, horário, placas de carro, valores, nomes e endereços de todos os envolvidos.
Segundo os dados, o esquema envolveu mais de 20 empresas e movimento mais de US$160 milhões. Com a revelação, o magistrado Bonadio determinou a prisão de 12 empresários e ex-funcionários do governo, além de pedir a retirada do foro privilegiado de Kirchner. (ANSA)