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O tempo médio de deslocamento diário dos paulistanos, incluindo todas as atividades diárias, caiu 10 minutos neste ano na comparação com 2017. Mas os trajetos consomem em média 2h43 dos moradores da cidade de São Paulo, representando 11% do dia. O dado é da Pesquisa Mobilidade Urbana na Cidade, da Rede Nossa São Paulo, lançada nesta terça-feira, 18.
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Após crescimento de 15 minutos registrado em 2016, o tempo médio gasto em todos os deslocamentos caiu 5 minutos no ano passado, atingindo 2h53. Entre 2017 e este ano, caiu o dobro (10 minutos), alcançando 2h43. Já o tempo médio diário de deslocamento para realizar a atividade principal diminuiu 3 minutos e chegou a 1h57 em 2018. No ano passado, o descolamento diário médio era de 2 horas.
Entre as razões para o aumento, Américo Sampaio, gestor de projetos da Rede Nossa São Paulo, destaca a alta taxa de desemprego, a ampliação das estações de metrô (o que retira usuários da malha viária), alteração em pacotes de benefícios para passageiros de ônibus, o preço da tarifa e o aumento no uso de carros particulares por aplicativo.
"A principal hipótese para ter reduzido em 10 minutos o tempo médio é um conjunto de fatores. Talvez o principal elemento seja o desemprego. Tem menos gente precisando ir ao centro em horário de pico. Mesmo tendo redução de 10 minutos, o patamar ainda é bastante elevado do tempo do trânsito. Reduzimos 10 minutos, mas ainda ficamos 2h43 em média no trânsito. É muito tempo", avalia Sampaio.
Ônibus
O estudo aponta uma elevação da insatisfação do usuário do ônibus na cidade de São Paulo. Segundo a pesquisa, 54% afirmam que a lotação aumentou em relação ao ano passado, 42% dizem que cresceu o tempo de espera no ônibus em relação ao ano passado e outros 40% declaram que aumentou o tempo de duração da viagem.
A pesquisa mostra que quatro em cada 10 paulistanos falam que não usam o ônibus porque é muito cheio. Em 2017, a lotação era apontada por 31% dos entrevistados com o principal motivo para não utilizar o ônibus na capital - este ano, a percepção subiu para 37%.
No ano passado, 24% dos respondentes afirmaram que não utilizavam este meio de transporte porque o trajeto demorava demais. O índice subiu para 31% este ano.