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A saída de Cristiano Ronaldo do Real Madrid fez até o sempre calado Lionel Messi falar. "Nunca pensei que isso poderia acontecer", afirmou o craque do Barcelona.
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Campeões quatro vezes da Champions League (2014, 2016, 2017 e 2018) nos últimos cinco anos, o português e o clube espanhol começam o torneio nesta quarta (19) em caminhos separados.
Cristiano Ronaldo foi para a Juventus com a missão de fazer o clube italiano vencer o torneio continental pela primeira vez desde 1996.
O Real Madrid busca um feito nunca visto desde o final da década de 1950: ser campeão quatro vezes seguidas. A própria equipe espanhola detém o recorde de títulos consecutivos, com cinco de 1956 a 1960.
Nesta quarta, o atacante entra em campo pela Juventus contra o Valencia, pelo Grupo H. O Real Madrid inicia a defesa do título em casa, diante da Roma (ITA), pelo Grupo G.
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O divórcio serviu para cortar uma relação que parecia desgastada. Cristiano Ronaldo mais de uma vez havia ameaçado deixar a Espanha.
A surpresa não foi apenas Cristiano Ronaldo ter saído. O Real Madrid não fez nenhuma grande contratação para o substituí-lo. A base é a mesma que ganhou o título na temporada passada (menos Ronaldo), incluindo o croata Luka Modric, melhor jogador da última Copa do Mundo.
Na Juventus, Cristiano é o astro da companhia, como foi no Real Madrid. Nas primeiras 24 horas após o anúncio de sua contratação, o clube arrecadou US$ 60 milhões (R$ 246 milhões) com a venda de camisas como o número 7, usado pelo português.
A Juventus tem poucos títulos do mais importante torneio europeu. Venceu em 1985 e 1996. Ninguém perdeu mais finais do que ela: sete vezes.
Foi para mudar isso que o atacante foi contratado por € 100 milhões (R$ 487 milhões). O jogador vai receber € 30 milhões por ano (R$ 146,1 milhões) sem contar participação em ações de marketing.
A liga italiana não será um grande desafio para Ronaldo. A Juventus venceu a Série A nos últimos sete anos, fazendo prevalecer seu poderio ofensivo e aproveitando os problemas financeiros e técnicos de Inter de Milão e Milan.
Ele terá de vencer a Champions para retribuir o investimento e, para isso, talvez até tenha de superar o Real Madrid. Não seria a primeira vez que ele teria um ex-clube pelo caminho. Em 2013, nas oitavas, fez dois gols no confronto contra o Manchester United, que defendeu de 2003 a 2009.Para acomodá-lo da melhor forma possível, a diretoria italiana despachou Higuaín.
Fazer o possível para deixar o português feliz já foi também a prioridade do Real Madrid, que agora tenta ser campeão sem o maior artilheiro de sua história, com 450 gols. Com informações da Folhapress.