© Reuters / KCNA
O ditador norte-coreano, Kim Jong-un, prometeu nesta quarta-feira (19) fechar o principal complexo nuclear do país e permitir a presença de inspetores internacionais do país, desde que os Estados Unidos se comprometam a tomar ações semelhantes.
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As afirmações fazem parte da declaração conjunta divulgada após encontro em Pyongyang de Kim com o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in. Os dois governos anunciaram medidas diplomáticas como uma visita do ditador a Seul até o fim do ano e o aumento dos encontros entre famílias separadas. Representantes militares também assinaram acordos para diminuir a tensão na zona desmilitarizada que divide os países.
Kim aceitou também desativar o complexo de Dongchang-ri, usado para o lançamento de mísseis, e afirmou que vai autorizar a presença de inspetores internacionais no local, no que foi considerado um avanço.
Em maio, quando os norte-coreanos desativaram o complexo de Punggye-ri, jornalistas puderam observar à distância, mas a presença dos inspetores não foi permitida.
Além de Dongchang-ri, Kim pela primeira vez aceitou fechar também o complexo de Yongbyon, o principal do país e centro do programa nuclear. Para isto, porém, o ditador impôs como exigência que os EUA tomem "medidas correspondentes". O fim do complexo seria importante concessão a Washington.
O presidente americano Donald Trump afirmou na Casa Branca que o encontro entre os líderes coreanos resultou em um "tremendo progresso" e em boas notícias. Ele não comentou sobre o pedido de medidas recíprocas.
Apesar da aproximação de Pyongyang com Seul e Washington desde o início de 2018, as conversas para por fim ao programa nuclear norte-coreano estão paradas. No fim de agosto, Trump afirmou que as negociações não estavam avançando e cancelou a ida do secretário Mike Pompeo à Coreia do Norte.
Esta foi a terceira a reunião entre o ditador e Moon neste ano e a primeira na capital norte-coreana. O próximo passo será a visita que Kim prometeu fazer a Seul -será a primeira vez que um líder norte-coreano irá a capital. Com informações da Folhapress.