© Felipe Panfili/Divulgação
A comunidade LGBTQ+ tem exigido o posicionamento político da cantora Anitta, que permanecia em silêncio até esta quarta-feira (19). A estrela rebateu a pressão dos fãs após ser atacada por seguir uma amiga no Instagram, que manifestou sua intenção de voto ao candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL). Se você está confuso sobre toda a polêmica envolvendo a artista, o presidenciável e o 'pink money', calma que a gente explica.
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Indo na contramão de artistas que se posicionaram publicamente contra Bolsonaro, como Bruna Marquezine e Sasha Meneghel, Anitta não expressava qualquer opinião política. Mas internautas, principalmente os ligados à causa LGBTQ+, não gostaram nada disso e cobraram um posicionamento contra o candidato, que chegou a ser condenado por ofensas homofóbicas. A pressão causada na semana passada fez com que a hashtag #AnittaDigaNaoAoFascismo virasse um dos assuntos mais comentados do Twitter.
A revolta da comunidade LGBTQ+ ficou ainda maior quando surgiu um rumor de que Anitta estaria seguindo um perfil em apoio a Bolsonaro no Instagram. A cantora desmentiu o boato nas redes sociais.
"Eu não segui um perfil em apoio à nenhum candidato. Segui um perfil de uma amiga de 8 anos que finalmente consegui reencontrar e se ela escolheu expor seu voto é um problema dela", escreveu a cantora no Twitter.
"É um direito meu não querer opinar sobre política e eu só estou exercendo esse direito", completou.
Eu não segui um perfil em apoio à nenhum candidato. Segui um perfil de uma amiga de 8 anos que finalmente consegui reencontrar e se ela escolheu expor seu voto é um problema dela.
— Anitta (@Anitta) 19 de setembro de 2018
Anitta também publicou um vídeo no Instagram, dizendo que recebeu xingamentos e até ameaças pela rede social. "Também estão fazendo o mesmo com a minha amiga. Eu conheço ela há mais de sete anos e não gostaria de parar de falar com ela por conta da posição política dela", afirmou.
As críticas continuaram até que a artista postou um desabafo no Instagram, dizendo que é "contra a discriminação de qualquer espécie" e pediu respeito. "Sofri por ser funkeira, favelada e ainda sofro por ser mulher. Eu não queria sofrer ainda mais com tanto ódio e ataques. Vivemos tempos difíceis e é esse o meu desejo. Qualquer coisa diferente do que citei acima não tem meu apoio, obviamente. Respeitem o próximo e suas decisões", escreveu.
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A comunidade LGBTQ+ está dividida após a declaração. Enquanto fãs defendem a cantora, parte dos internautas dizem que ela não se posiciona pois está apenas interessada no 'pink money'. Para eles, a cantora se diz contra a homofobia para usufruir do dinheiro movimentado por fãs homossexuais, bissexuais e trans, mas ela não "bota a cara" na hora de defender a comunidade politicamente.
"Não tomar partido é ser conivente com o lado opressor. Apenas isso. Repense seu posicionamento se você realmente é tudo isso o que diz ser", escreveu um seguidor.
na hora de receber pink money // na hora de demonstrar apoio a comunidade LGBTQ #AnittaIsOverParty pic.twitter.com/LR0b2zq9oW
— FENTY (@hfentyr9) 19 de setembro de 2018
Ainda na quarta-feira, o filho do presidenciável, Flávio Bolsonaro, defendeu a cantora em um vídeo publicado no YouTube. "Há uma pressão aí que ela se posicione contra o Bolsonaro. Não sei qual é a preferência político-partidária dela, mas vocês têm que entender o seguinte, parem de ficar patrulhando a vida dos outros", disse.
Após o pronunciamento de Flávio Bolsonaro, Anitta voltou a se manifestar nas redes sociais. Em vídeo publicado no Instagram nesta quinta-feira (20), a cantora reiterou que não apoia candidato homofóbico e disse que não quer participar de jogos políticos. "Mais uma vez repito que eu não gostaria de ter a minha imagem atrelada a isso. Por isso, eu dispenso qualquer mensagem de apoio de candidato, ou afiliados, aqui no meu pronunciamento", afirmou.
Ver esta publicação no Instagrama 20 de Set, 2018 às 11:36 PDT
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